Brasileiro está entre os mortos na explosão em Jerusalém

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Por Agencia Estado
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Um brasileiro ainda não identificado está entre os mortos no ataque suicida de palestino que matou 15 pessoas e feriu cerca de 90 numa pizzaria no centro de Jerusalém. A maior parte dos mortos é de israelense, mas há pelo menos uma norte-americana, identificada como Judith Greenbaum. O escritório do líder palestino Yasser Arafat emitiu um comunicado condenando "todos ataques contra civis, israelenses e palestinos" e pedindo para Israel "divulgar uma declaração por um cessar-fogo amplo e conjunto". Arafat recebeu um telefonema do secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, e exigiu que a administração Bush pressione Israel para "parar com incitamentos", segundo um assessor de Arafat. Nas proximidades de Tel Aviv, o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, reuniu-se com seu ministro da Defesa, Binyamin Ben-Elizer, e outros altos oficiais, mas não divulgou comunicado. Escondendo a bomba numa sacola, o atacante entrou no restaurante lotado na esquina de duas das mais movimentadas ruas do centro da cidade, Jaffa e Rei Jorge, e detonou os explosivos, lançando estilhaços num estrondo ensurdecedor. O caos e a angústia tomaram conta do local. Feridos sangrando se espalhavam pela rua, que estava coberta por estilhaços de vidros. Algumas pessoas traumatizadas mas sem ferimentos perambulavam pelas ruas chorando. O interior do restaurante ficou completamente destruído. Dois grupos militantes palestinos, o Hamas e a Jihad Islâmica, assumiram responsabilidade pelo ataque. A Jihad Islâmica, num fax enviado ao escritório da Associated Press em Beirute, anunciou que seu militante Hussein Omar Abu Amsheh, de 23 anos, promoveu o atentado. Mais tarde, o braço militar do Hamas anunciou que o atentado foi cometido por Izzedine al-Masri, de 23 anos, em revanche ao ataque de helicópteros israelenses da semana passada que matou oito pessoas em Nablus, entre elas dois líderes do Hamas. Mais de 560 pessoas do lado palestino e mais de 150 do lado israelense já foram mortas desde que a atual onda de violência teve início em 28 de setembro de 2000. Em outros atos de violência hoje, mais dois israelenses foram mortos. Um soldado foi morto a tiros nas proximidades da cidade de Tulkarem, Cisjordânia. Pouco depois, tanques israelenses bombardearam um posto de segurança palestino em Tulkarem, ferindo três palestinos. Ainda nesta quinta-feira, uma israelense de 19 anos foi morta e três outros judeus ficaram feridos quando o carro no qual viajavam foi emboscado por atiradores nas proximidades da linha que separa Israel da Cisjordânia.

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