Brasileiros buscam barco afundado na fronteira

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Por Agencia Estado
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O Comando Militar da Amazônia procura no fundo do Rio Japurá, na linha de divisa com a Colômbia, um barco afundado a tiros pelos soldados do 3º Pelotão Especial de Fronteira, dia 26 de janeiro. Havia cinco homens a bordo. Todos estão desaparecidos. O Ministério da Defesa considera a possibilidade de que seriam guerrilheiros colombianos, embora não descarte a hipótese da ação de criminosos comuns, integrantes de quadrilhas de traficantes, contrabandistas ou garimpeiros clandestinos que agem na região. A embarcação, pouco maior que uma canoa, vinha do Rio Apapóris e entrou em águas brasileiras, mas se recusou a parar no posto de controle do Exército que realiza a inspeção de todos os barcos. Os ocupantes dispararam contra a tropa, que revidou "cumprindo as regras de engajamento em combate perfeitamente definidas pela força" de acordo com nota oficial do Exército. No mesmo dia, em outro ponto do mesmo sistema fluvial, um sargento que liderava um time de patrulha desapareceu depois que o barco ocupado pelo grupo virou. A nota do Exército destaca que os dois fatos "não têm nenhuma relação". Em Vila Bittencourt, sede do Pelotão de Fronteira, 190 índios da etnia macu estão alojados ao lado das instalações militares desde o dia 20, "em fuga da agressão das Farc", segundo o chefe local da Funai, Carlos Nantes. Três guerrilheiros, fardados e pesadamente armados teriam surgido na aldeia deles dias antes em busca de refúgio. Quando foram embora, ameaçaram os índios de morte caso a notícia da visita chegasse aos militares.

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