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Brasileiros consideram justas eleições no Timor

Por Agencia Estado
Atualização:

Os observadores brasileiros que estão no Timor Leste para acompanhar as primeiras eleições livres no território confirmaram que o processo foi regular e justo. As denúncias feitas pela União Democrática Timorense (UDT) contra a Comissão Eleitoral Independente - acusada de irregularidades graves, incompetência e parcialidade - não têm o menor fundamento, segundo eles. O ministro do Supremo Tribunal Militar, Flávio Flores Bierrenbach, e a chefe da Corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral, Marília Pacheco, vão permanecer no Timor até a divulgação dos resultados oficiais. "No dia da eleição, nós estivemos em dez locais de votação, em Díli, Liquiça e Maubara e não constatamos nenhuma irregularidade", garantiu Bierrenbach. O presidente da UDT, João Carrascalão, afirmou que a Fretilin, favorita nas pesquisas, é responsável por crimes contra a humanidade, cometidos entre 1974 e 1975. Esse período é conhecido pelos timorenses como a guerra civil que envolveu os dois grupos, a UDT, conservadora, e a frente nacionalista Fretilin, na época uma organização guerrilheira de tendência marxista. Carrascalão exigiu que a ONU investigue os crimes que, segundo ele, foram cometidos pela Fretilin naquele período. "Precisamos evitar que o Timor venha a ser governado por criminosos", disse. Mari Alkatiri, líder da Fretilin, recusou-se a rebater as acusações.

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