Brasileiros tentam se recuperar de trauma após tremor no Nepal
Ouvi minha mãe gritar: corre que é terremoto. Não deu tempo de descer para o térreo, só de me jogar no chão, diz sobrevivente
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Por José Maria Tomazela
Atualização:
Resgate no Monte Everest
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Resgate no Monte Everest
O Nepal foi atingido por um terremoto de 7,8 graus na escala Richter no último sábado, colocando em perigo os alpinistas que estavam no Monte Everest Foto: Phurba Tenjing Sherpa/Reuters
Resgate no Monte Everest
17 mortes foram registradas no monte após as avalanches causadas pelos seguidos tremores Foto: Roberto Schmidt/AFP
Resgate no Monte Everest
O número deferidos em todo o país ultrapassa os 6,5 mil pessoas Foto: Azim Afif/AP
Resgate no Monte Everest
O "tempo limpo" no Nepalpermitiu que os helicópteros fizessem várias viagens para resgatar os montanhistas no Everest Foto: Roberto SCHMIDT/AFP
Resgate no Monte Everest
Em contato com a família, o alpinista brasileiro Rosier Alexandre afirmou queo campo base no Monte Everest "foi destruído" Foto: Roberto Schmidt/AFP
Resgate no Monte Everest
Especula-se sobre mais um grande terremoto nos próximos dias Foto: Roberto Schmidt/AFP
Resgate no Monte Everest
As previsões são precárias e pouco precisas, o que faz com que a população tema um desastre ainda pior Foto: Roberto Schmidt/AFP
Resgate no Monte Everest
Boa parte do Nepal está no escuro e os sistemas de comunicação funcionam apenas de forma intermitente Foto: Roberto Schmidt/AFP
Resgate no Monte Everest
Nos centros de tratamento e tendas improvisadas, faltam médicos, mantimentos, remédios e água Foto: Roberto Schmidt/AFP
Resgate no Monte Everest
Entre os feridos no Everest, 22 com complicações mais graves foram levados de helicóptero para tratamento no vilarejo de Pheriche Foto: Roberto Schmidt/AFP
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O terremoto atingiu ainda Bangladesh, a China e o norte da Índia. É o pior tremor registrado no Nepal em 81 anos Foto: Roberto Schmidt/AFP
Resgate no Monte Everest
A dificuldade de comunicação dificultaa chegada de mais helicópteros de resgate no Monte Everest Foto: Roberto Schmidt/AFP
Resgate no Monte Everest
Os brasileiros têm chegado à embaixada do Brasil em Katmandu em busca de ajuda Foto: Azim Afif/EFE
Resgate no Monte Everest
Os helicópteros fazem o resgate de montanhistas nas bases 1 e 2 do Monte Foto: Azim Afif/AP
SOROCABA- Três dias depois do terremoto que matou 5 mil pessoas no Nepal, brasileiros presos no país tentam se recuperar do drama vivido no fim de semana. A voluntária Camile Guarino Porto, de 28 anos, conta que teve tempo apenas de se jogar no chão para se proteger.
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“Ouvi minha mãe gritar: corre que é terremoto. Não deu tempo de descer para o térreo, só de me jogar no chão. Balançava tudo e muita coisa caiu em cima de mim, mas graças a Deus não me machuquei seriamente”, disse Camile, que é natural de Aracaju (SE), mora há 11 anos em São Roque, e estava havia cinco meses na capital do país asiático.
Ela viajou para ajudar a mãe, que mantém uma Organização Não Governamental (ONG) de acolhimento a crianças órfãs ou rejeitadas e de apoio a mulheres naquele país. Seu filho Gilvan Gabriel, de 6 anos, havia ficado com o pai em São Roque e, depois do terremoto, sua preocupação foi contatar os familiares no Brasil – ela tem ainda três amigas que considera como irmãs na cidade.
“Depois que tudo aconteceu eu só queria falar com eles, dizer que estava viva, estava bem. Felizmente consegui mandar uma mensagem de áudio”, contou. “A todo instante a terra treme, dizem que vai continuar assim por 30 dias. Como a casa ficou bastante danificada, eu, minha mãe e todo pessoal da ONG estamos dormindo em barracas no lado de fora.”
Alpinismo. O alpinista cearense Rosier Alexandre, que também estava no Nepal, disse ontem estar bem e sem ferimentos após a avalanche que se seguiu ao tremor no Monte Everest, que ele tentava escalar ao lado do filho David. Os dois estão descendo a montanha e devem retornar a Katmandu nos próximos dias.
“Neste momento estou em ambiente seguro, diferente dos que estive nos últimos dias”, escreveu o alpinista. “Na hora da avalanche, todos estávamos em pânico, escutávamos varias avalanches e sequer sabíamos identificar de onde vinham.” / COM CARMEM POMPEU, ESPECIAL PARA O ESTADO