17 de junho de 2015 | 12h21
LONDRES - Uma das três mães britânicas que desapareceram com seus nove filhos para possivelmente se unirem ao Estado Islâmico (EI) na Síria estabeleceu contato com sua família na Grã-Bretanha, confirmou a polícia nesta quarta-feira, 17.
Em comunicado, a polícia do condado de West Yorkshire explicou que uma das três irmãs da cidade inglesa de Bradford entrou em contato e "há indícios de que o grupo já poderia ter cruzado a fronteira síria", embora isto "não esteja confirmado".
Polícia britânica busca 12 pessoas da mesma família suspeitas de se juntarem ao EI na Síria
"Fomos informados de que se estabeleceu um contato com a família que indica que pelo menos um dos adultos do grupo estaria na Síria", acrescentou a polícia.
Os maridos das irmãs Khadija, Sugra e Zohra Dawood, de 30, 34 e 33 anos, desaparecidas há quase uma semana com seus nove filhos, foram ontem à imprensa pedir que elas retornem.
As três mulheres tinham viajado em 28 de maio com as crianças, que têm entre 3 e 15 anos, à Arábia Saudita, mas não voltaram em 11 de junho, quando estava previsto retornassem à Grã-Bretanha.
As autoridades britânicas tentam localizar o grupo por temer que pretendam viajar à Turquia para atravessar a fronteira com a Síria.
O advogado dos familiares em Bradford, Balaal Khan, disse na terça-feira que "a família está extremamente preocupada com o paradeiro destas pessoas desaparecidas e seu bem-estar" e garantiu que não havia indícios de que as mulheres tivessem sido radicalizadas.
O advogado disse que as investigações indicam que dez membros do grupo voaram para Istambul em 9 de junho, e que aparentemente dois integrantes da família não teriam embarcado no avião.
A polícia de West Yorkshire, no norte da Inglaterra, está em contato com as autoridades turcas para tentar descobrir o paradeiro das mulheres e das crianças. / EFE
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