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Britânicos dizem que política externa incentiva terrorismo

Documento divulgado por jornal aponta que ministros britânicos reconhecem que a política externa do governo Blair aumenta riscos de atentados terroristas no país

Por Agencia Estado
Atualização:

Um documento governamental distribuído entre os ministros britânicos nos últimos dias reconhece que a política externa do governo de Tony Blair incentiva o terrorismo no Reino Unido, revela neste domingo o jornal The Sunday Telegraph. O informe enumera uma séria de situações que deveriam ser realizadas no prazo de uma década para reduzir o risco de "atividade terrorista, especialmente a originada dentro ou dirigida contra o Reino Unido". Entre as recomendações dos autores para diminuir as ameaças terroristas, está o fato de a recomendação de que a Grã-Bretanha reduza sua presença militar no mundo, além de fazer com que os muçulmanos mudem sua percepção sobre o país. No futuro, assinala o documento, "os muçulmanos não deveriam ver o Reino Unido e sua política externa como hostis", o que, segundo o jornal, equivale a admitir que as missões no Iraque e no Afeganistão aumentaram a ira dos grupos terroristas. O primeiro-ministro Tony Blair, se negou a admitir que há uma ligação entre a invasão nos dois países e o aumento da atividade terrorista no Reino Unido. Blair chegou a classificar a tese como "propaganda inimiga". Porém o informe divulgado pelo The Sunday Telegraph afirma que, nos próximos dez anos, a política exterior britânica deve guiar-se pelo objetivo de reduzir o risco de atentados no país. Para o jornal, é necessário "uma redução substancial no número e na intensidade dos conflitos que incentivam a atividade terrorista".

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