
13 de novembro de 2011 | 03h01
Por meses, ele conseguiu manter o diálogo com a União Europeia, prometendo que adotaria medidas para recolocar a economia no caminho do crescimento e redução da dívida. Mas, pouco a pouco, a UE se deu conta de que as promessas eram vazias. A gota d'água foi a reunião do G-20, na qual Berlusconi apareceu sem nenhuma garantia de reformas. O Fundo Monetário Internacional (FMI) decidiu que passaria a monitorar a economia italiana.
Mas, nos bastidores, líderes europeus admitiam que apenas a troca do governo na Itália seria a solução e a tensão nos mercados nos últimos dias mostrou que ela teria de ser rápida.
Na noite da sexta-feira, Berlusconi recebeu a visita de Herman Van Rompuy, presidente da UE. Ele trazia a sentença de morte: a ideia de eleição antecipada defendida por Berlusconi não bastava. Bruxelas só via a queda do governo como solução. "A Itália não precisa de eleições. Precisa de reformas", sentenciou. / J.C.
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