Bush chora ao homenagear soldado morto no Iraque

Presidente norte-americano visitou base militar na Geórgia, almoçou com cerca de 200 soldados e confirmou novas estratégias para a reestruturação do Iraque

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Por Agencia Estado
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O presidente americano, George W. Bush, participou nesta quinta-feira de uma cerimônia de homenagem a um soldado morto há dois anos no Iraque quando tentava salvar seus companheiros. Durante a solenidade, o chefe do Executivo americano chorou. O marine Jason Dunham foi agraciado com uma medalha de honra, a maior condecoração do Exército dos Estados Unidos, pouco antes de o presidente Bush partir para uma base do exército no estado da Geórgia. No Fort Benning, Bush almoçou com cerca de 300 soldados e familiares e anunciou suas novas estratégias. Além disso, ele assistiu a uma demonstração do treinamento da infantaria e se encontrou com parentes de soldados mortos em conflito. Na quarta-feira, o presidente anunciou o envio de mais 21,5 mil soldados para reforços no Iraque, nas cidades de Bagdá e Anbar, focos de resistência islâmica. Isso faz parte da nova estratégia de guerra adotada pelo governo dos EUA. A nova estratégia vai de encontro aos planos do congresso liderado pelos democratas, opositores do governo republicano de George W. Bush. "Nas outras operações, as forças iraquianas e americanas expulsavam os terroristas e insurgentes dos bairros, mas, quando iam para outros objetivos, os assassinos voltavam. Agora, com a ampliação do contingente militar, teremos um número de tropas suficientes para manter essas áreas livres de terroristas", anunciou o presidente em discurso na quarta. Apesar de as sugestões iniciais sobre o incremento de tropas no Iraque darem conta de que o novo contingente permaneceria no país por um período restrito, Bush não mencionou quanto tempo durará o novo esforço. Ele também acrescentou que a nova estratégia, pela qual os iraquianos terão que se responsabilizar pela segurança das 18 províncias do país até novembro - contra as três atuais -, "não colocará um fim aos ataques suicidas" e a outros tipos de violência. Em abril de 2004, o soldado Jason Dunham, de 22 anos recebeu estilhaços de granada no peito durante conflito com insurgentes iraquianos. Para tentar proteger o resto da tropa, Dunhan envolveu uma granada disparada com seu capacete de kevlar, que não foi suficiente para agüentar a explosão. O soldado faleceu dias depois.

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