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Bush comemora regresso da Coréia do Norte às negociações

Pyongyang boicotou as conversas depois da imposição de sanções pelos EUA, que ameaçavam excluir a Coréia do Norte do sistema financeiro internacional

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, recebeu com satisfação nesta terça-feira a notícia de que a Coréia do Norte compromete-se a retornar às negociações multilaterais sobre seu programa nuclear bélico e assegurou que Washington continuará pressionando para que o regime norte-coreano abandone seu programa de armas atômicas de forma verificável. Para atrair a Coréia do Norte de volta às negociações, os Estados Unidos aceitaram discutir as sanções econômicas impostas por Washington a Pyongyang um ano atrás. Os EUA acusam o governo norte-coreano de cumplicidade em atos de falsificação e lavagem de dinheiro para a venda de armas de destruição em massa. Pyongyang passou a boicotar as negociações multilaterais depois da imposição das sanções pelos EUA, que ameaçavam excluir a Coréia do Norte do sistema financeiro internacional. Bush atribuiu à China o mérito pelo regresso da Coréia do Norte à mesa de negociações. "Estou satisfeito e gostaria de agradecer aos chineses", disse o presidente americano em declarações a jornalistas na Casa Branca. "Está claro que os norte-coreanos captaram a mensagem dos chineses e de todo o mundo", comentou Tom Casey, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA. A China é o principal parceiro político e comercial da Coréia do Norte. Sanções Segundo Bush, porém, o acordo fechado nesta quarta-feira em Pequim não anula os esforços americanos para que sejam aplicadas as sanções determinadas pelo Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) em resposta ao teste nuclear praticado há três semanas pela Coréia do Norte. Na chancelaria americana, Casey disse que os EUA ingressariam na próxima rodada de negociações insistindo em retomar as conversas a partir de um acordo forjado em setembro de 2005 por meio do qual a Coréia do Norte comprometia-se a eliminar seu programa nuclear bélico em troca de ajuda alimentar e energética e de garantias de que não será atacada.

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