Bush confirma volta de tropas da Europa; oposição critica

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Por Agencia Estado
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O presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou um plano para retirar mais de 70 mil soldados americanos da Europa e da Ásia nos próximos dez anos. Os democratas qualificaram a medida de eleitoreira. "O mundo mudou consideravelmente e nossa posição também deve mudar com isso", disse Bush sobre seus planos para uma das maiores mudanças das forças dos EUA desde a Guerra Fria. Falando a veteranos no Estado de Ohio, Bush disse que a maior parte das tropas retiradas ficará nos EUA e as que permanecerem no exterior terão mais poder de combate para "enfrentar rapidamente ameaças inesperadas". Ele disse que o fechamento de bases também economizará o dinheiro do contribuinte americano. Assessores do candidato democrata à Casa Branca, John Kerry, advertiram que o plano pode tornar a América mais vulnerável. "Esta medida parece mais politicamente motivada do que destinada a fortalecer nossa segurança nacional", disse o general da reserva Wesley Clark. "Já que enfrentamos um guerra contra o terror e com a Al-Qaeda efetiva em mais de 60 países, agora não é hora de retirar nossas forças", acrescentou. Funcionários da Casa Branca disseram que o realinhamento pode levar de sete a dez anos, mas a medida pode ser uma boa novidade para as famílias de muitos militares e alguns veteranos, um importante alvo nas eleições de 2 de novembro. A medida serviria como um contrapeso ao fato de Kerry ser um condecorado veterano do Vietnã. Bush disse que o plano de realinhamento era parte de um antigo compromisso de "reduzir a pressão sobre nossas tropas e as famílias de nossos militares". A reestruturação não afetará as tropas no Iraque e no Afeganistão, mas os contingentes estacionados na Alemanha, Coréia do Sul e Japão.

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