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Bush defende a guerra em seu principal discurso na Inglaterra

Por Agencia Estado
Atualização:

Recebido pelas autoridades britânicas com pompas reais e a gritaria dos manifestantes anti-guerra, o presidente George W. Bush defendeu, hoje, a guerra no Iraque, dizendo que o poder militar deve, por vezes, ser usado para enfrentar o continuado e perigoso terrorismo global. ?Em alguns casos, o uso medido da força é tudo que nos protege de um mundo caótico regrado pela força?, Bush disse a acadêmicos reunidos no Whitehall Palace. Durante uma visita de estado de três dias e meio, o presidente americano procurará rebater o que vê como uma concepção errônea da Europa sobre o uso da força pelos EUA no Iraque. No principal discurso de sua visita à Grã-Bretanha, o presidente norte-americano disse haver "uma campanha global das redes terroristas para intimidar e desmoralizar os que se opõem a eles". Bush disse que o Ocidente deve se conscientizar de que um dos "pilares" para a manutenção da paz é a disposição para o uso da força quando necessário. Bush voltou a defender a decisão dos EUA e britânica de iniciar a guerra no Iraque, afirmando que o mundo está melhor com Saddam Hussein fora do poder. O presidente norte-americano lançou desafio àqueles que protestaram nas ruas de Londres a explicar por que consideram erradas as intervenções militares. Reconhecendo que a situação no Iraque é séria, Bush disse que os EUA não pretendem deixar o país antes do estabelecimento da democracia. Bush disse que os EUA não possuem outro aliado mais próximo além da Grã-Bretanha e que a aliança entre ambos é baseada em valores, não somente em relações comerciais. Bush reiterou sua convicção de que o Ocidente seguiu políticas falidas em relação ao Oriente Médio desde a Segunda Guerra Mundial, ao apoiar governo s repressivos que prometiam estabilidade. Bush reafirmou seu compromisso com a paz no Oriente Médio e que o único caminho para que os palestinos obtenham um Estado independente é por meio da criação de um governo democrático. Ele criticou as "velhas elites palestinas", por seus laços com o terrorismo, em velada referência ao líder da Organização de Libertação da Palestina, Yasser Arafat. Bush pediu a Israel que suspenda as atividades de ocupação e também a construção do muro de segurança. Bush pediu ainda aos líderes das Nações européias que atuem para evitar a propagação do sentimento anti-semita na Europa, o qual contamina a atmosfera das negociações de paz.

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