Bush defende comissão independente para investigar 11/09

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Por Agencia Estado
Atualização:

Em mudança total de posição, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou hoje que apóia a criação de uma comissão independente para investigar os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. O impulso a favor de tal comissão cresceu nos últimos meses nos Estados Unidos. A Câmara de Representantes, por exemplo, já aprovou a criação de uma comissão como parte de seu projeto de lei de independência. Mas a Casa Branca havia se declarado contrária a um grupo independente de investigação ao considerar que este poderia vazar informações confidenciais e distrair funcionários dedicados à luta antiterrorista. Em uma carta aos congressistas, a Casa Branca afirma que imediatamente após o 11 de setembro, Bush quis concentrar-se na prevenção de novos atentados e na reestruturação das agências do governo para enfrentar novas ameaças. "Agora que esses esforços estão encaminhados e que o Congresso iniciou suas audiências sobre os ataques, o governo considera oportuna a criação da comissão", afirma a mensagem. A mudança de opinião do governo Bush ocorre num momento em que continuam as audiências no Congresso. Hoje, um investigador parlamentar afirmou que o FBI negou o pedido de um agente para perseguir um dos futuros seqüestradores menos de duas semanas antes do 11 de setembro. À época, tal agente afirmou: "Algum dia, alguém morrerá." O agente, que não foi identificado, funcionário dos escritórios do FBI de Nova York, havia solicitado, em 29 de agosto de 2001, permissão para utilizar "todos os recursos de investigação criminal" para encontrar Jalid al-Mijdar, um dos seqüestradores identificados pelo FBI entre outros que participaram de uma reunião da Al-Qaeda na Malásia em janeiro de 2000.

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