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Bush diz que morte de Al-Zarqawi é uma vitória contra o terrorismo

O presidente americano ainda afirmou que estava "orgulhoso" do "profissionalismo" das forças americanas e iraquianas

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, assegurou nesta quinta-feira que o líder da Al-Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, "encontrou seu próprio fim" e disse que sua morte é uma vitória na "guerra contra o terrorismo". Em declaração na Casa Branca, Bush ressaltou que a notícia é "um golpe severo" contra a Al-Qaeda. Após indicar que al-Zarqawi "já não poderá assassinar mais", disse sentir-se "orgulhoso" do "profissionalismo" das forças americanas e iraquianas e que sua "tenacidade e determinação" foi recompensada com a morte de al-Zarqawi. Segundo o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, al-Zarqawi morreu em um ataque aéreo americano, em cooperação com a polícia iraquiana, contra uma pequena aldeia da província de Diyala, ao nordeste de Bagdá. Bush indicou que após ter conhecimento da morte de al-Zarqawi, falou por telefone com al-Maliki "para felicitá-lo". Também disse que há "pela frente dias muito duros no Iraque, que precisarão da paciência dos americanos". "A ideologia do terror perdeu um de seus líderes mais agressivos e visíveis", disse Bush, que lembrou que, apesar da morte de al-Zarqawi, "a violência sectária no Iraque continuará". Bush também confirmou que a localização de al-Zarqawi foi obtida graças a informações dos serviços de inteligência iraquianos. Ressaltou que na próxima terça-feira falará com as autoridades iraquianas para ver "a melhor maneira de distribuir os recursos americanos no Iraque". Vitória importante O secretário de Defesa americano Donald Rumsfeld também considerou que a morte do terrorista jordaniano é uma vitória importante na guerra contra o terror, mas salientou que ela não significa o fim do terrorismo. "Devido a natureza de suas redes terroristas, a morte de al-Zarqawi, embora extremamente importante, não significa o fim de toda a violência no país", disse o secretário durante uma conferência com ministros da Defesa da Otan. Rumsfeld, que participa em Bruxelas de uma reunião de ministros da Defesa da Otan nesta quinta-feira, explicou que recebeu na noite passada uma chamada do general George Casey, o principal responsável militar americano no Iraque, pouco depois da operação. O secretário argumentou que a morte de al-Zarqawi "esfriará" as redes terroristas no Iraque e será um avanço "significativo" na guerra contra o terrorismo, embora saiba que haverá outros que surjam em seu lugar. "Nenhuma pessoa no mundo tem mais sangue de homens, mulheres e crianças inocentes, em suas mãos do que Zarqawi", acusou. "Ele personifica a visão sádica do futuro, com decapitações, atentados suicidas e assassinatos indiscriminados", acrescentou. Por isso, Rumsfeld considerou que a morte do líder da Al- Qaeda no Iraque, ao lado de alguns de seus colaboradores que perderam a vida na mesma operação, é um avanço "significativo" na guerra contra o terrorismo em escala mundial. Ele também afirmou que o general Casey não pediu nenhuma autorização para lançar a operação, mas informou dos eventos e que necessitaria várias horas para confirmar a identidade do dirigente terrorista.

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