Bush diz que tropas americanas estão perto de Bagdá

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Por Agencia Estado
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Em discurso na Casa Branca para membros da Associação de Veteranos de Guerra, o presidente George W. Bush assegurou nesta sexta-feira que a intervenção militar no Iraque transcorre como o previsto e o resultado não será outro senão a vitória. Segundo Bush, as tropas americanas seguem "avançando em ritmo sustentado" e já estão perto de Bagdá. As declarações otimistas, uma repetição do que Bush já dissera no dia anterior, visavam claramente contra-atacar as críticas ao mau planejamento da invasão do Iraque, veiculadas cada vez com mais freqüência na mídia americana. Para Bush, as forças da coalizão vêm obtendo grande progresso, e o regime iraquiano só controla agora uma pequena parte do país. "O regime iraquiano será desarmado, o regime iraquiano será removido do poder. O Iraque será livre", proclamou aos veteranos. E acrescentou: os EUA estão enviando ao mundo a clara mensagem de que não se submeterão no futuro a ditadores que pensam poder ameaçar a paz sem conseqüências. Ele acusou as forças do presidente Saddam Hussein de brutalizar e executar prisioneiros de guerra e abrir fogo contra as tropas da coalizão enquanto acenam com a bandeira da paz, bem como assassinar iraquianos que se recusam a combater. "Contra este inimigo nós não vamos aceitar nenhuma outra saída, a não ser a vitória." Ele também comentou a decisão da ONU, nesta sexta, de retomar o programa petróleo por alimentos, suspenso no início da guerra. "Fiquei satisfeito ao ouvir hoje (sexta-feira) que o Conselho de Segurança da ONU agiu para retomar o abastecimento de medicamentos e alimentos para o Iraque, sob um programa já existente da ONU que trará alívio para milhões de iraquianos." O presidente americano está sentindo "algum nível de frustração com os jornalistas credenciados para cobrir a guerra" por causa de reportagens questionando o plano de ação da coalizão e dos EUA, disse um alto funcionário do governo à rede de TV a cabo CNN. Bush também acha uma "estupidez", disse a fonte, que tais indagações e ceticismo estejam surgindo apenas alguns dias depois do início de um conflito que ele considera que "está indo bem". Nesta quinta-feira, durante entrevista coletiva em conjunto com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair - que o visitava nos EUA -, Bush demonstrou certa irritação quando um repórter lhe perguntou se o conflito iria levar meses. Ele respondeu que a duração não importava. "Não é uma questão de prazos. É uma questão de vitória." À noite, ele partiria para a casa de campo de Camp David, no vizinho Estado de Maryland. Lá, Bush vai reunir-se neste sábado com o chamado conselho de guerra - os principais assessores do governo na condução da guerra ao Iraque. Veja o especial :

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