Bush e Blair elogiam decisão iraniana de libertar militares

Ahmadinejad fez declaração durante entrevista coletiva ainda nesta quarta-feira

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Por Agencia Estado
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Os governos britânico e americano elogiaram nesta quarta-feira, 4, a decisão do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, de libertar os 15 militares do Reino Unido detidos em 23 de março em águas no norte do Golfo Pérsico. O porta-voz de Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro britânico anunciou a posição de Tony Blair. "Cumprimentamos o que o presidente Ahmadinejad disse sobre a libertação dos 15 militares. Estamos verificando agora exatamente o que isto significa em relação ao método e ao momento da libertação." Já o presidente americano, George W. Bush, também recebeu com satisfação a notícia da libertação dos britânicos. O governo dos Estados Unidos apoiaram o Reino Unido no impasse com Teerã. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, Gordon Johndroe, disse que "assim como Blair, Bush considerou uma notícia bem-vinda". Ahmadinejad anunciou, em entrevista coletiva em Teerã, que os 15 marinheiros britânicos detidos pelo Irã nas águas do Golfo Pérsico "serão libertados como presente ao povo britânico". O presidente iraniano afirmou que os quinze militares serão colocados em liberdade e repatriados ainda hoje. Ahmadinejad assegurou que, após o término da entrevista coletiva, os quinze soldados seriam levados diretamente ao aeroporto para sua repatriação. Blair disse ontem que confiava em uma "rápida resolução" do caso com o Irã após ser confirmado que Londres mantinha contatos com altos funcionários iranianos, incluindo o negociador da crise nuclear, Ali Larijani. A Downing Street revelou na terça-feira à noite que houve "contatos entre o Reino Unido e o Irã, incluindo um contato direto com Ali Larijani", secretário-geral do Conselho Supremo de Segurança nacional iraniano e principal negociador internacional do país. Os militares foram detidos em 23 de março em águas do Golfo Pérsico pelas autoridades iranianas, que os acusaram de invadir seu território, algo que Londres negou reiteradamente.

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