Bush espera que França ofereça mais tropas para reforçar força de paz

País ofereceu apenas 200 homens, que se juntarão aos 200 capacetes azuis franceses que já fazem parte da operação da ONU

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, expressou nesta sexta-feira seu desejo de que França ofereça mais soldados além do contingente inicial de 200 homens que já prometeu para reforçar a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul). "A França afirmou que enviaria algumas tropas. Esperamos que enviem mais", declarou o presidente americano à imprensa durante uma entrevista realizada em Camp David, onde ele se reuniu hoje com sua equipe econômica. Estão chegando "diferentes sinais" da França, afirmou Bush, que também disse que o país europeu é "um amigo" e "um aliado" com o qual os EUA compartilham "interesses comuns". Segundo Bush, o presidente da França, Jacques Chirac, "deixou claro que acredita que a democracia no Líbano é muito importante". As autoridades francesas, que se comprometeram a tomar o comando da Finul quando ela for ampliada, anunciaram uma contribuição de apenas 200 soldados, que se juntarão aos 200 capacetes azuis franceses que já fazem parte da operação da ONU. Segundo o presidente americano, foram justamente os EUA e a França que patrocinaram a resolução das Nações Unidas que regula o final das hostilidades entre Israel e o Hezbollah no Líbano. Ele também disse que parece normal que a milícia xiita afirme ter vencido o conflito, pois "acredito que faria o mesmo se fosse um deles", porém deixou claro que continua acreditando que o Hezbollah foi o perdedor. O tempo mostrará isto, segundo o presidente americano, que reconheceu que "às vezes o povo precisa de um tempo para perceber quais são as forças que criam estabilidade e as que não". "O Hezbollah é uma força de instabilidade", de acordo com Bush, que defendeu que a milícia xiita foi a responsável pela crise do Líbano e pela destruição que atingiu o país.

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