Bush pai e Bush filho descartam apoio a Trump na corrida presidencial americana

George H. W. Bush e George W. Bush deverão ‘manter silêncio’ durante a campanha. Eleições de 2016 serão as primeiras em que ambos não se envolverão desde que deixaram seus cargos

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Por Redação
Atualização:

AUSTIN - Os ex-presidentes George H. W. Bush e George W. Bush descartaram na quarta-feira apoiar o magnata Donald Trump na corrida presidencial dos EUA, informou o jornal The Texas Tribune.

De acordo com a publicação, pai e filho deverão "manter silêncio" durante a campanha em que Trump enfrentará, previsivelmente, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton.

Dentre suas declarações, disse quer adotar técnicas de tortura 'muito piores' que as de George W. Bush, e querconstruir um muro na fronteira com o México e fazer com que os mexicanos paguem por ele. Além disso, já zombou da aparência de alguns ex-pré-candidatos, como Carly Fiorina e Marco Rubio Foto: REUTERS/Jim Bourg

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"Aos seus 91 anos, o presidente (George H. W.) Bush está afastado da política", disse ao The Texas Tribune seu porta-voz, Jim McGrath, apesar de o ex-líder americano ter participado recentemente da pré-campanha de seu outro filho, Jeb Bush, durante as primárias republicanas. Segundo McGrath, isso foi a "exceção que confirma a regra".

O assistente pessoal do ex-presidente George W. Bush, Freddy Ford, por sua vez explicou que o ex-mandatário "não planeja participar, nem fazer qualquer comentário sobre a corrida presidencial".

As eleições presidenciais de 2016 serão as primeiras em que os ex-presidentes Bush não se envolverão na candidatura republicana desde que ambos deixaram seus cargos.

Em 1996, George H. W. apoiou a campanha de Bob Cole, que tinha sido seu adversário no partido durante muito tempo, enquanto em 2000 e 2004 promoveu a campanha de seu filho para a Casa Branca. Em 2008 e 2012, pai e filho apoiaram John McCain e Mitt Romney, respectivamente.

Na atual disputa, o ex-governador da Flórida Jeb Bush foi quem recebeu o apoio de seu pai e de seu irmão antes de abandonar prematuramente as primárias, após um embate feroz com Trump.

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Depois de deixar a corrida presidencial, o ex-governador passou a apoiar o senador Ted Cruz, que encerrou na terça-feira sua campanha após a derrota nas primárias de Indiana e, assim, deixou o caminho livre para a indicação de Trump.

Em seu discurso de vitória, o magnata pediu "união" a seus companheiros de partido. "Temos que nos unir, isto (as eleições) será muito mais fácil se fizermos assim", comentou o empresário. /EFE

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