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Bush pede mais US$ 46 bilhões para guerras

Com isso, chega a quase US$ 200 bi a fatia do orçamento de 2008 reservada para os conflitos no Iraque e Afeganistão

Por NYT E AP
Atualização:

O presidente dos EUA, George W. Bush, apresentou formalmente ontem ao Congresso o pedido de acréscimo de US$ 46 bilhões no orçamento de 2008 para financiar as guerras no Iraque e no Afeganistão. A solicitação eleva para US$ 196,4 bilhões a fatia do orçamento reservada para os gastos com os conflitos. "Devemos prover nossos soldados com a ajuda e o apoio de que eles precisam para que terminem seu trabalho", disse Bush em entrevista coletiva na Casa Branca. O presidente acrescentou que o congressista que desejar o sucesso das tropas americanas no Iraque deve aprovar o pedido. A oposição democrata reclamou. "O presidente quer que a gente simplesmente assine um cheque de US$ 200 bilhões? Eu acho que Bush não deve esperar que o Congresso aprove com facilidade esse pedido", disse o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid. A oposição avisou que só analisará o pedido no ano que vem. Para manter a máquina bélica funcionando, os democratas disseram que aprovarão financiamentos provisórios para a guerra. A guerra no Iraque, iniciada em 2003, já custou aos contribuintes americanos US$ 455 bilhões. Somando a isso o total requisitado ontem, a média de gasto mensal com as guerras sobe para cerca de US$ 12 bilhões, ou US$ 400 milhões por dia. Esse valor diário é um pouco menor que o total anual requisitado para o combate ao tráfico de drogas no México (US$ 550 milhões) e maior que o do auxílio anual aos palestinos (US$ 375 milhões). A Casa Branca já tinha anunciado em fevereiro que haveria um acréscimo nos gastos com as guerras. A verba total reservada no orçamento de 2008 para o Pentágono, já computado o acréscimo, será de US$ 481,4 bilhões.

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