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Bush pede paciência aos norte-americanos

Por Agencia Estado
Atualização:

Num discurso feito nesta quinta-feira no aeroporto O´Hare, de Chicago, o presidente americano, George W. Bush, pediu paciência aos norte-americanos - cuja maioria se mostra favorável a um ataque militar contra as bases do terrorista saudita Osama bin Laden, no Afeganistão -, dando a entender que pretende dar prioridade a operações de inteligência para desarticular as redes de terror. "Outros se cansarão e se impacientarão, mas não nossa nação. Outros especularão, mas não nossa nação", disse Bush ao ser aclamado por uma multidão em Chicago. As palavras do presidente foram interpretadas como uma indicação de que um ataque militar não é iminente. As declarações do secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, segundo as quais "os EUA não se precipitarão e avançarão de maneira muito bem planejada", também indicam a opção pelas ações de inteligência sobre as operações militares. Apesar do grande movimento de sua máquina de guerra na direção da Ásia Central e da intensa preparação da operação Liberdade Duradoura - como foi denominada a guerra declarada contra o terrorismo internacional -, Washington dá sinais de que pretende privilegiar a formação de uma vasta rede de inteligência, na qual o Paquistão exerce uma função-chave, em lugar de uma ação militar destinada a punir os responsáveis pelos ataques terroristas do dia 11, que causaram a morte de quase 7 mil pessoas em Nova York, Washington e Pittsburgh. Nesse contexto, os Estados Unidos vêm discutindo com as autoridades paquistanesas os detalhes de suas ações para capturar o terrorista saudita Osama bin Laden. Na quarta-feira, Islamabad ajudou Washington a determinar os objetivos de um eventual ataque ao Afeganistão - que dá abrigo a Bin Laden - e se comprometeu a agir contra colaboradores do terrorista baseados no Paquistão. Nesta quinta-feira, a polícia paquistanesa deteve vários suspeitos de ter ligações com Bin Laden e líderes das manifestações em favor do terrorista saudita que causaram a morte de pelo menos quatro pessoas nos últimos dias em diversas cidades do Paquistão.

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