Bush pede reformas econômicas no Japão

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Por Agencia Estado
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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, iniciou neste domingo, pelo Japão, sua visita a três países asiáticos e pediu ao atribulado primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, que prossiga com as reformas econômicas, há muito prometidas. Em busca de um delicado equilíbrio, o presidente americano abraçou publicamente Koizumi e apoiou sua agenda, enquanto privadamente insistiu em que o premier tome medidas drásticas para reverter a recessão que já se prolonga no país por uma década, segundo assistentes do encontro. Bush espera que seu apoio modere a atitude dos críticos de Koizumi. "Creio que meu amigo poderá tirar a economia da crise" disse Bush à imprensa antes de sua chegada a Tóquio. "Creio firmemente em que a economia japonesa esteja exigindo reformas e reestruturação significativas", acrescentou. País-chave para a estabilidade na Ásia, o Japão apoiou solidamente a campanha antiterrorista americana. A riqueza do Japão também é chave para a economia americana, que mostra sinais de recuperação. Após um vôo de 7 horas partir do Alaska, o presidente e a primeira-dama Laura Bush chegaram esta tarde ao Japão. Não haviam programado nenhuma apresentação em público até segunda-feira. No centro da cidade, a polícia manteve sob controle os manifestantes. Cerca de 30 membros do centro de estudantes esquerdistas com o rosto pintado de branco, gritando lemas contra os EUA e exibindo cartazes em que se lia "Bush, o Terrorista" tentaram em vão chegar diante da embaixada americana, mas foram bloqueados por policiais. Eles também exigiam o fim da presença militar dos EUA no Japão - onde cerca de 50.000 soldados americanos estão estacionados, em sua maioria na ilha de Okinawa. Em outra manifestação diante da embaixada, um pequeno grupo de defensores do meio ambiente exigiam que Bush assine o Protocolo de Kyoto para a redução das emissões de gases que aumentam o efeito estufa. Estes rejeitaram a proposta alternativa apresentada pelo presidente americano na semana passada, que incentiva as empresas a aumentarem os níveis de contaminação de acordo com sua conveniência. Um outro pequeno grupo, predominantemente composto por ocidentais, gritava em defesa de Bush.

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