Bush pedirá US$ 87 bilhões ao Congresso dos EUA

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Por Agencia Estado
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O presidente dos Estados Unidos George W. Bush, quatro dias antes do segundo aniversário dos ataques terrotistas de 11 de setembro, fez um discurso de 18 minutos transmitido em rede nacional de televisão da Casa Branca na noite deste domingo, afirmando que pedirá ao Congresso norte-americano uma verba suplementar de US$ 87 bilhões para fazer um fundo para operações pós-guerra e combater o terrorismo no Iraque e no Afeganistão: "para combater o inimigo onde ele vive". O presidente norte-americano disse que as "passadas diferenças" com a ONU, contrária à guerra contra o Iraque, a Organização das Nacões Unidas não deve impedir ajuda monetária e o envio de mais tropas de outros países ao Iraque. Bush disse ainda que os Estados Unidos não vão se intimidar ou se retrair diante da violência e descreveu o Iraque como central na guerra contra o terrorismo. Admitiu que normalizar a situação do Iraque será uma operação longa e que exigirá muitos sacrifícios. "Mas nós faremos o que for necessário, nós gastaremos o que for necessário para obter esta vitória essencial sobre a guerra contra o terror, para promover a liberdade e tornar nossa nação segura". Este foi o primeiro maior discurso de Bush sobre o Iraque, desde o dia 1.º de maio, quando ele fez um pouso cinematográfico no porta-aviões Abraham Lincoln e declarou o fim da guerra. Desde então, morreram mais americanos no Iraque depois da guerra do que durante ela. O total de soldados norte-americanos mortos na guerra chega a 287, sendo que 149 destes morreram de 1.º de maio até hoje. Em seu pronunciamento, Bush afirmou que o atual número das tropas norte-americanas no Iraque - 130 mil -, é suficiente, mas que é necessário mais tropas estrangeiras. Informou que pediu ao seu secretário de Estado, Colin Powell, que apresente uma proposta para a implementação de uma força multinacional da ONU. O presidente norte-americano acrescentou que os países membros da ONU "agora, têm a oportunidade e a responsabilidade de assumir um papel mais amplo na hora de garantir que o Iraque se transforme em um país livre e democrático".

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