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Bush prevê que mudança em Cuba está próxima

Os comentários de Bush foram feitos em meio a sinais de que o líder cubano Fidel Castro está se recuperando de um problema intestinal que o afastou do poder

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente norte-americano, George W. Bush, voltou a criticar o governo comunista de Cuba neste sábado, 28, chamando o país de "ditadura cruel" e prevendo que a mudança democrática está próxima. Os comentários de Bush foram feitos em meio a sinais de que o líder cubano Fidel Castro está se recuperando de um problema intestinal que o afastou do poder pelos últimos nove meses e poderá em breve retomar alguns de suas obrigações governamentais. O presidente dos Estados Unidos, que reforçou as sanções econômicas a Havana para enfraquecer o governo de Fidel Castro, disse em um discurso de formatura na Faculdade Miami Dade que muitos cubanos sonhavam com uma vida melhor. "Infelizmente, esses sonhos são sufocados por uma ditadura cruel que nega toda a liberdade em nome de uma ideologia sombria e desacreditada", disse Bush, observando que muitas pessoas na formatura tinham raízes em Cuba, que fica a apenas 140 km da Flórida. "Alguns de vocês ainda têm entes queridos que moram em Cuba e esperam pelo dia em que a luz da liberdade os iluminará novamente", disse Bush. "Este dia está se aproximando." Desde que Fidel Castro, 80, entregou o poder temporariamente a seu irmão em julho do ano passado, ele só foi visto em imagens de vídeo e fotografia. Alguns meses atrás, órgãos de inteligência dos EUA pareciam estar esperando a morte de Fidel. O ex-chefe de inteligência dos EUA John Negroponte disse em uma entrevista em dezembro que ele estava próximo da morte. Entretanto, fotografias recentes de um encontro entre Castro e um alto membro do Partido Comunista Chinês mostraram que ele havia ganhado um pouco de peso. Autoridades norte-americanas desde então reconheceram que a saúde de Castro parecia estar melhorando. Muitos analistas de Cuba disseram que a transferência do poder para Raúl Castro, 75, já aconteceu, com especulações concentrando-se em torno de um eventual papel de Fidel como um estadista honorário ou sua volta à ativa, tomando parte de decisões. Um pouco depois que os problemas de saúde de Fidel foram divulgados no ano passado, Bush reiterou um desejo de ver a mudança democrática em Cuba, mas ele não havia comentado mais nada sobre Havana desde então. Bush não mencionou nenhum dos irmãos de Castro em seu discurso. No discurso ele aproveitou para defender sua proposta, que foi entregue ao Congresso, de uma reforma ampla da imigração que incluiria medidas para reforçar o controle das fronteiras e um programa de imigração de trabalhadores por convite.

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