Bush promete julgamento para os detidos em Guantánamo

A subsecretária adjunta de Estado dos EUA, Colleen Graffy, disse que suicídios em Guantánamo são um "ato de propaganda política"

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Por Agencia Estado
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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, prometeu nesta quarta-feira que os detidos em Guantánamo serão levados a julgamento "eventualmente", e reiterou que ele gostaria de fechar a prisão dessa base localizada em Cuba. O Pentágono só apresentou acusações contra dez prisioneiros dos 460 que estão presos em Guantánamo. No entanto, os julgamentos estão impedidos até que a Corte Suprema dos EUA determine a legalidade das Cortes militares especiais criadas para julgá-los. Em entrevista coletiva após sua viagem surpresa na terça-feira ao Iraque, Bush disse que seu governo espera essa decisão, e prometeu que "essas pessoas terão julgamentos". "A melhor forma de lidar, na minha opinião, com esse tipo de gente é nas Cortes militares", disse o presidente americano. Os detidos em Guantánamo são suspeitos de pertencer à rede terrorista Al-Qaeda ou ao regime taleban, e a maioria foi capturada no Afeganistão. Alguns deles estão em Guantánamo desde o início de 2002, quando a prisão foi aberta. "Eu gostaria de fechar Guantánamo, mas reconheço que temos detidas pessoas que são muito perigosas", disse Bush, que disse que antes de encerrar a prisão, é preciso "um plano". A pressão internacional para que fechar a prisão de Guantánamo aumentou após o suicídio de três detidos, no sábado passado. A subsecretária adjunta de Estado dos EUA, Colleen Graffy, disse que esses suicídios são um "ato de propaganda política". Bush afirmou que Guantánamo "dá uma desculpa" a outras nações "para que digam que os Estados Unidos não respeitam os valores que tentamos estimular em outros países". "Minha resposta é que somos uma nação de leis e do Estado de Direito. Essas pessoas foram capturadas no campo de batalha e são muito perigosas", disse.

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