Bush promete manter ofensiva contra terror

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Por Agencia Estado
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Os Estados Unidos "estão decididos a seguir com a ofensiva contra os terroristas", afirmou neste sábado o presidente americano, George W. Bush, no terceiro aniversário dos atentados do 11 de setembro de 2001. Bush dedicou seu programa semanal de rádio aos atentados e fez um discurso ao vivo no Salão Oval. Ao lado de sua mulher, Laura, e de familiares das vítimas dos atentados, Bush lembrou que três anos depois "a guerra contra o terrorismo continua e nossa determinação continua sendo testada. Mas continuamos decididos e seremos pacientes até conseguir o êxito de uma causa justa". ?O tempo passou, mas as lembranças não desaparecem. Lembramos a crueldade dos inimigos que assassinaram os inocentes e se alegraram com nosso sofrimento. Lembramos tantas vidas boas que terminaram tão cedo e que ninguém tinha o direito de tirar", declarou. Ele afirmou que os EUA "são hoje mais seguros que há três anos, mas não estão totalmente seguros", por isso "seguirão na ofensiva e perseguirão os terroristas onde quer que treinem, durmam ou tentem criar raízes". Bush disse que o país está decidido a "fazer a democracia avançar no Oriente Médio, pois a liberdade trará consigo a paz e a segurança que todos desejamos". Cerimônias No terceiro aniversário dos atentados do 11 de setembro de 2001, autoridades, líderes comunitários e parentes das vítimas reuniram-se no Ponto Zero, local onde estavam as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e pais e avós leram em voz alta os nomes dos 2.749 mortos. No ano passado, os nomes foram lidos pelos filhos de algumas vítimas. A cerimônia teve quatro pausas, quando foi feito um minuto de silêncio para marcar o exato momento em que um avião atingiu cada torre e a queda dos prédios. Em Washington, diante do Pentágono, onde 184 pessoas foram mortas por outro avião seqüestrado por extremistas, funcionários depositaram uma coroa de flores e também fizeram um minuto de silêncio. Na Pensilvânia, os sinos dobraram em todo o Estado no exato minuto em que um quarto avião caiu, antes de atingir seu alvo, matando os 40 passageiros e tripulantes. ?Chamado às urnas? O secretário americano de Defesa, Donald Rumsfeld, disse hoje que os atentados do 11 de Setembro foram um "chamado às armas" para os EUA. Segundo ele, a meta dos terroristas era que os EUA se refugiassem em si mesmos. "Mas subestimaram nosso país e nosso comandante-chefe", disse Rumsfeld durante cerimônia no cemitério de Arlington, Virginia, pelo terceiro aniversário dos ataques. Segundo ele, o mundo olha para os EUA e espera que liderem a luta contra o terrorismo e o país está decidido a vencê-la. Ameaça existe Apesar do aumento da segurança desde o 11 de setembro de 2001, a ameaça continua existindo. Prova disso é o último vídeo divulgado semana passada pela TV por satélite do Catar Al-Jazira no qual o número 2 da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, assegura que os combatentes islâmicos vencerão a guerra no Iraque e no Afeganistão. O governo considera que a mensagem mostra que o perigo não passou e a Al-Qaeda continua apontando diretamente para os EUA. Cidadãos árabes em vários países no Oriente Médio lembraram as vítimas do 11 de setembro de 2001, mas muitos disseram que o apoio dos EUA à pressão de Israel sobre os palestinos ajudou a aumentar, e não a diminuir o radicalismo e a instabilidade global.

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