O presidente George W. Bush propôs a criação de uma zona de livre comércio do Oriente Médio com os EUA nos próximos dez anos, e que teria como base acordos que o país já tem com Israel e Jordânia, além de um que está em vias de negociação com o Marrocos. Em discurso na Universidade da Carolina do Sul, Bush disse que a zona de livre comércio entre os países da região e os EUA permitirá o comércio ilimitado, que levaria à região o necessário bem-estar para a paz. Bush declarou-se "muito otimista" sobre as oportunidades de progresso na solução do conflito palestino-israelense, horas antes da viagem do secretário americano de Estado, Colin Powell, ao Oriente Médio. Na véspera, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, adotou uma posição cooperativa e chamou o chefe de governo palestino, Mahmud Abbas, de "parceiro para a paz". Powell pretende no fim de semana pressionar os dois líderes a aprovarem o chamado "roteiro", um plano escalonado de paz patrocinado pelo "Quarteto" - EUA, União Européia, ONU e Rússia - para pôr fim aos 31 meses de conflitos e estabelecer um Estado palestino até 2005. Referindo-se a Sharon e Abbas, Bush disse que eles deveriam fazer reformas e combater a corrupção e o terrorismo, assim como criar um bom ambiente empresarial. Powell terá dois encontros com Sharon em Jerusalém: um logo após sua chegada, amanhã à noite, e outro domingo, no escritório do líder israelense. Domingo, Powell também se reunirá com Abbas, conhecido como Abu Mazen, em Ramallah, na Faixa de Gaza.