Bush recebe esboço de relatório sobre mudanças no Iraque

Documento aponta sugestões para alterar curso da guerra no país árabe

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Por Agencia Estado
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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, reuniu-se nesta terça-feira com integrantes do Grupo de Estudo do Iraque, de quem recebeu a antecipação das conclusões de um relatório sobre mudanças de deveriam ser adotadas na política da guerra no país árabe. Ao mesmo tempo, a Casa Branca procurava minimizar o impacto do documento, enfatizando que o presidente ouvirá outras fontes antes de alterar o curso da guerra. Em almoço na Casa Branca, o ex-secretário de Estado James A. Baker III, também integrante do Grupo de Estudo do Iraque, entregou a Bush um esboço geral das conclusões. O documento será divulgado à imprensa na quarta-feira, segundo a porta-voz presidencial Dona Perino, quando todos os membros da comissão, incluindo o democrata Lee Hamilton, reunirão-se com Bush. "Nós iremos fazer uma leitura cuidadosa do documento. Como já mencionamos, há outros estudos sendo realizados sobre a guerra dentro do governo", informou Tony Snow, também porta-voz da presidência dos EUA. Bush espera ouvir em aproximadamente duas semanas as conclusões de examinações que estão sendo realizadas pelo governo da política da guerra no Iraque, ancoradas por analistas militares como o general Peter Pace, chefe do Estado-Maior das Forcas Armadas dos Estados Unidos. Snow disse ainda que o presidente está esperando recomendações do senador republicano John Warner, representante do Comitê de Forças Armadas do Senado.Warner afirmou nesta terça-feira que Bush tem a "obrigação moral" de adotar uma nova estratégia para o Iraque a partir de 2007, quando os democratas assumem o controle do Congresso do País. Nesta terça-feira, o presidente recebeu Baker no Escritório Oval da Casa Branca juntamente com o outras lideranças superiores, em encontro confidencial. A guerra do Iraque é a que mais deixou mais matou soldados norte-americanos desde a participação na II Guerra Mundial, pois o número atual de mortes de cidadãos do país passa de 2.9 mil. A situação complica-se ainda mais diante do questionamento de se é uma guerra civil o conflito que ocorre entre grupos étnicos e religiosos no Iraque e da incapacidade do governo do primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki de assumir o controle policial e pacificar o país árabe.

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