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Bush reconhece "erros de cálculo" no Iraque

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente dos EUA, George W. Bush, apertando o passo em sua campanha pela reeleição às vésperas da Convenção Nacional do Partido Republicano, reconheceu que houve um "erro no cálculo" das dificuldades que os Estados Unidos viriam a enfrentar no Iraque pós-guerra. Em entrevista a The New York Times, Bush afirma, pela primeira vez, que cometeu um "erro no cálculo de quais as condições seriam" depois da queda da ditadura de Saddam Hussein, em maio de 2003. A rebelião contra as tropas dos EUA, sustenta o presidente, foi um efeito colateral da "rápida vitória", que levou as tropas iraquianas a se refugiar nas cidades e organizar uma insurgência. Elaborando sobre os comentários de Bush ao Times a respeito da guerra, o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, afirmou que houve "coisas que achávamos que aconteceriam e que não aconteceram", como uma fuga em massa de refugiados, fome e destruição generalizada de campos de petróleo. McClellan disse que os EUA esperavam que a Guarda Republicana, tropa de elite de Saddam, lutasse de imediato em vez de misturar-se à população e passar à guerrilha. "Isso criou um conjunto de circunstâncias com o qual tivemos de lidar, e com o qual estamos lidando", afirmou.

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