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Bush se desculpa por expulsão de muçulmano da Casa Branca

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse ter ficado muito preocupado com o incidente no qual um líder muçulmano foi convidado a sair da Casa Branca e emitiu um pedido de desculpas nesta sexta-feira. "O presidente está muito preocupado com a atitude imprópria e equivocada que se tomou e pede desculpas em nome da Casa Branca", disse o secretário de Imprensa dos EUA, Ari Fleischer. Um grupo de muçulmanos saiu imediatamente de uma reunião na Casa Branca na quinta-feira, revoltado com o fato de um oficial do serviço secreto norte-americano ter ordenado a um deles - Abdullah Alarian, um estagiário do Congresso - que saísse do prédio. O porta-voz do serviço secreto Jim Mackin reconheceu mais tarde que sua agência enganou-se ao ordenar a saída de Alarian. Assim que o serviço secreto percebeu seu engano, convidou Alarian a entrar novamente, mas o grupo rejeitou a oferta. "Neste caso, o serviço secreto cometeu um equívoco. O presidente está preocupado com o assunto e pede desculpas", disse Fleischer. Ibrahim Hooper, porta-voz do Conselho de Relações Islâmico-Americanas que participou da reunião abortada de quinta-feira, agradeceu a Bush pelo pedido de desculpas e declarou: "Esperamos que isto leve a uma maior interação entre a Casa Branca e a comunidade muçulmana." Após o incidente, o conselho enviou uma carta a Bush, pedindo a ele que se reúna pessoalmente com líderes muçulmanos e indique um adido especial da Casa Branca para a comunidade islâmico-americana a fim de "dissipar a impressão dentro da comunidade mçulmana de que há uma espécie de exclusão dentro de seu círculo de formulação de política", disse Hooper. Alarian é sobrinho de Mazen Al-Najjar, um palestino detido na Flórida durante três anos, depois de o governo acusá-lo de utilizar um centro de pesquisas islâmico como frente de terrorismo. Ele foi libertado em dezembro de 2000, depois que um grupo de juízes e a então secretária de Justiça, Janet Reno, chegou à conclusão de que não havia nenhum motivo para mantê-lo no cadeia.

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