Bush se diz comprometido com fortalecimento da Otan

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Por Agencia Estado
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O presidente George W. Bush disse hoje aos poloneses que os Estados Unidos estão comprometidos com o fortalecimento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), apesar das divergências e divisões causadas pela guerra no Iraque. Ao lado do presidente polonês, Aleksander Kwasniewski, Bush agradeceu a Polônia por seu apoio à invasão anglo-americana do país árabe, que resultou na deposição do ditador Saddam Hussein. O presidente americano voltou a defender a unidade de todas as nações na luta contra o terrorismo e as armas de destruição em massa. Ele anunciou uma nova iniciativa para frear a proliferação de armas químicas, biológicas e nucleares, que incluiria inspeção em aviões e navios. Antes desse pronunciamento, Bush visitou o campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau e se deteve diante das câmaras e crematórios, onde os nazistas assassinaram pelo menos 1,5 milhão de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. "Este local lembra o poder do mal e a necessidade de as pessoas resistirem a ele", afirmou o presidente americano. A Polônia é a primeira escala de um giro diplomático de Bush, que inclui amanhã São Petersburgo - cidade russa que comemora 300 anos de fundação. Ali, ele vai se reunir com outros líderes mundiais, convidados como ele, para participar das festividades. O discurso do presidente americano na Polônia está sendo apontado como primeiro passo para encerrar as divergências entre os EUA e países europeus sobre o desfecho da crise iraquiana. "Buscamos união e objetivos comuns. Chegou a hora de nos unirmos na defesa da liberdade. Não é o momento para divisões na grande aliança", destacou. Bush exortou a Europa e a América a uma ação conjunta para combater a pobreza e a aids. Por fim, disse que fará tudo a seu alcance para obter a paz entre Israel e palestinos. Antes de viajar para o Oriente Médio, o presidente americano participará da cúpula do G-8, em Evian, na França. Ali, vai se encontrar com o presidente francês, Jacques Chirac, que se opôs categoricamente à guerra no Iraque. "O encontro não será um confronto, mas uma chance de ambas as partes seguirem adiante", previu ele.

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