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Bush se diz satisfeito com acordo feito com a Coréia do Norte

Para governo americano, no entanto, caso Coréia do Norte não cumpra medidas, ´há ainda a possibilidade de sanções por parte da comunidade internacional´

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta terça-feira estar satisfeito com o acordo entre seis países a respeito do programa nuclear da Coréia do Norte. Segundo a Casa Branca, o acordo firmado entre representantes de seis países sobre o programa nuclear norte-coreano foi "um importante primeiro passo rumo à desnuclearização da Coréia do Norte e da península coreana". "Essas negociações representam a melhor oportunidade para usar a diplomacia para lidar com o programa nuclear da Coréia do Norte", afirmou Bush em um comunicado lido pelo porta-voz da Casa Branca, Tony Snow. De acordo com Snow, no entanto, caso a Coréia do Norte não cumpra o acordo, "há ainda a possibilidade de sanções por parte da comunidade internacional". O acordo prevê que Pyongyang desligue o complexo do reator de Yongbyon e permita a visita de inspetores internacionais ao local, dentro de 60 dias. Em troca, Coréia do Sul, Japão, EUA, China e Rússia devem fornecer auxílio energético a Pyongyang. Antes, na China, o secretário-assistente de Estado americano Christopher Hill também disse a repórteres que está satisfeito com o acordo. "Obviamente, ainda temos um longo caminho pela frente, mas estamos satisfeitos com essa solução", disse Hill a jornalistas. "É um avanço concreto". Hill disse que os próximos passos para o desarmamento total da Coréia do Norte devem ser discutidos e acompanhados, pois as negociações não podem acabar. "Nós demos um primeiro passo e conseguimos chegar a um acordo", afirmou Hill. "Com isso, poderemos progredir cada vez mais rumo à desnuclearização". O representante americano disse ainda que os EUA se comprometeram a anular, dentro de um mês, as sanções financeiras impostas contra o Banco Delta Asia, de Macau, no qual a Coréia do Norte possui contas. Essas sanções foram justamente a causa do fim das negociações sobre a crise nuclear norte-coreana. Em setembro de 2005, Washington incluiu o banco de Macau em sua lista negra, provocando o boicote das conversas por mais de um ano, por parte de Pyongyang. Este texto foi atualizado às 16h03.

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