Bush se opõe a novo sistema de controle de armas

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Por Agencia Estado
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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, se opõe à adoção de um novo sistema de identificação de armas de fogo - apesar das mortes provocadas por um franco-atirador na região de Washington. O presidente afirma não estar seguro da precisão da tecnologia que seria aplicada para este fim, afirmou nesta terça-feira o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer. Segundo o porta-voz, os novos controles de armas propostos não serão mais efetivos que os atuais. "Quantas leis precisamos realmente para pôr fim aos delitos, se quando uma pessoa está decidida, simplesmente as transgride, sem importar o número (de normas) nem o que dizem?", questionou Fleischer. Um franco-atirador atacou a zona de Washington 11 vezes nos últimos 13 dias, matando nove pessoas e ferindo gravemente outras duas. Os ataques com fuzil de alta potência reativaram o interesse em um sistema nacional de "impressões digitais" para armas, que exigiria que os fabricantes de armamentos enviassem a um banco de dados as marcas exatas que cada arma deixa no cartucho de uma bala. Dessa forma, a polícia poderia utilizar as marcas para determinar a arma que disparou qualquer cartucho encontrado no local de um crime. Nova York e Maryland são os únicos Estados dos EUA a exigirem atualmente tais dados balísticos de todas as pistolas fabricadas e vendidas em seus territórios. O senador democrata Herb Kohl e o representante do mesmo partido Robert Andrews figuram entre os congressistas que tentam aprovar uma legislação para criar um sistema nacional de "impressão digital" de armas. A Associação Nacional de Portadores de Armas e outros defensores do direito ao porte de armas se opõem a este sistema, pois temem que ele represente um passo para a criação de um banco nacional de proprietários de armas. Bush também resiste ao novo sistema por duvidar de sua precisão. "Há algumas questões sobre a precisão das ´impressões digitais´ balísticas que devem ser exploradas e revisadas antes que se possa tomar uma decisão definitiva", afirmou Fleischer à imprensa.

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