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Bush volta a advertir Irã, Iraque e Coréia do Norte

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente americano, George W. Bush, renovou nesta quinta-feira suas advertências contra Irã, Iraque e Coréia do Norte - países que qualificara de "eixo do mal" no seu discurso sobre o Estado da União, de terça-feira - durante duas curtas viagens que fez aos Estados da Geógia e Flórida. Bush qualificou o rápido giro, iniciado na véspera com uma visita à Carolina do Norte, como um esforço para levar diretamente ao povo americano a "principal mensagem" de seu pronunciamento no Congresso. Em Daytona Beach, na Flórida, ao lado do governador do Estado, seu irmão Jeb Bush, o presidente pediu a uma platéia de centenas de aposentados que cooperem com a luta contra o terror "que apenas começou". E conclamou todos os cidadãos americanos a entrar na luta "para erradicar o mal onde quer que ele esteja". "Seremos prudentes e atenciosos sobre como buscar nosso grande objetivo, mas seguiremos buscando-o", discursou Bush. "O tempo não está do nosso lado enquanto esses países desenvolvem armas sofisticadas (de destruição maciça)", acrescentou, referindo-se aos três países citados no pronunciamento de terça-feira. "Eles devem saber que nossa intenção é responsabilizá-los - e o restante do mundo deve estar ao nosso lado - porque essas armas podem ser apontadas para eles tão facilmente quanto a apontam para nós e não permitiremos essa chantagem terrorista e maligna. Eles têm de ser advertidos e saber que todos os outros países do mundo sabem que eles foram advertidos." Funcionários da Casa Branca têm se apressado em esclarecer que o discurso não significa que Washington esteja planejando represálias contra os três países. E insistiram que os EUA permanecem abertos ao diálogo com Irã e Coréia do Norte, apesar das advertências de Bush. Em Teerã, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei qualificou Bush como "um homem sedendo de sangue", enquanto o governo iraquiano o classificou de "estúpido, arrogante e irresponsável". A Coréia do Norte afirmou nesta quinta-feira que a denúncia de Bush equivalia quase a uma declaração de guerra. Em entrevista à rede de TV CBS, o rei da Jordânia, Abdullah, aliado-chave dos EUA no Oriente Médio, adevertiu nesta quinta-feira que sua região passaria por uma "imensa instabilidade" se Washington mover-se contra o Iraque durante os próximos passos da guerra contra o terror. O líder jordaniano será recebido amanhã na Casa Branca para discutir com Bush o conflito israelense-palestino. O presidente russo, Vladimir Putin, convidou nesta quinta-feira Bush para uma reunião sobre terrorismo entre 23 e 25 de maio, em Moscou e São Petersburgo. Funcionários americanos analisam se o encontro poderá ser mantido nas datas propostas. A informação surgiu durante a reunião que o secretário de Estado americano, Colin Powell, manteve com o primeiro-ministro russo, Mikhail Kasyanov, em Washington.

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