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Bush volta a advertir Iraque

Por Agencia Estado
Atualização:

Na véspera da abertura da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o presidente americano, George W. Bush, voltou a fazer uma advertência ao presidente iraquiano, Saddam Hussein, ao mesmo tempo que continua com os preparativos para um ataque ao Iraque. "Nós agora pedimos o fim daquele jogo de fraude, truque e negativas", declarou Bush em Praga, a sede do encontro. "Se ele novamente negar a existência de seu arsenal, terá entrado em sua etapa final com uma mentira, e um engodo desta vez não será tolerado." O líder americano minimizou a importância das inspeções que começarão a ser conduzidas pela ONU na semana que vem no Iraque, destacando que o importante é "a eliminação das armas de destruição em massa". "Protelação e desafio serão um convite para as mais sérias conseqüências", disse ele, repetindo, porém que "a guerra é a última opção". Reforçando a ameaça, altos funcionários americanos informaram que os EUA estão consultando 52 países sobre sua contribuição, com homens ou dinheiro, num eventual ataque. A participação de outras nações abarcaria forças de combate, apoio logístico, ajuda humanitária e atuação na reconstrução do Iraque. Em um pronunciamento ao Parlamento britânico, o primeiro-ministro Tony Blair confirmou que o seu país e outros aliados americanos receberam solicitação de envio de tropas numa possível ação militar contra o Iraque. "Nós simplesmente não estamos ainda no estágio de requisições específicas de específico número de homens para usar de um modo específico", disse Blair. "É algo que acontecerá numa fase posterior." Já o secretário da Defesa, Geoff Hoon, frisou que isso não significa que "a guerra é inevitável". A expectativa dos americanos, segundo fontes em Washington, é que a Grã-Bretanha contribua com cerca de 15 mil soldados. Numa parada em Larnaca, no Chipre, depois de dois dias de consultas com autoridades em Bagdá, o chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, fez comentários positivos sobre sua receptividade no Iraque. "Tivemos boas discussões com representantes do governo iraquiano e eles nos prometeram qu vão pôr integralmente em prática a resolução da ONU e cooperar conosco. Portanto, foi uma visita construtiva."

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