PUBLICIDADE

Cai ainda mais a aprovação do presidente da Colômbia

Por AE
Atualização:

O nível de aprovação do presidente colombiano Juan Manuel Santos continua a cair, na medida em que ele se aproxima da metade de seu mandato de quatro anos, revelou uma nova pesquisa feita por grupos de mídia da Colômbia. O levantamento feito com 1.000 pessoas, publicado pela revista Semana, mostrou que 42% estão satisfeitos com a performance de Santos, abaixo dos 52% apurados em abril, dos 60% de aprovação em novembro e dos 68% que o presidente tinha em julho de 2011. As principais preocupações das pessoas que participaram da pesquisa é a forma como Santos cuida dos problemas relacionados à segurança, assim como a forma como lida com a economia e o desemprego. O presidente chegou ao cargo no início de agosto de 2010 com alto índice de aprovação e grandes aspirações, que incluíam a criação de uma economia mais industrializada que poderia levar o desemprego para índices abaixo dos 10%. Santos também disse que gostaria de abrir o caminho para chegar à paz com as guerrilhas de esquerda que há meio século travam uma guerra contra o governo. Mas dois anos mais tarde, a economia colombiana não está mais industrializada - a produção manufatureira vem caindo há três meses seguidos - e a economia está cada vez mais ligada ao preço do petróleo - nunca é estável - já que o produto é o mais importante na pauta de exportações do país do que antes. Com a queda dos preços do petróleo caindo neste ano, a economia colombiana está se desacelerando de forma constante, após crescer 5,9% em 2011. Em maio, o desemprego urbano subiu para 11,9%, ante 11,0% no mesmo mês de 2011.No que diz respeito à segurança, o principal grupo guerrilheiro do país, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), registrou um certo ressurgimento no último ano, o que gerou críticas de que Santos estaria sendo mais brando com as guerrilhas do que seu antecessor, Alvaro Uribe. Santos nega a acusação. As Farc e outros grupos rebeldes provocaram 67 explosões em oleodutos na primeira metade deste ano, um aumento de 250% em relação ao mesmo período de 2011. Como resultado desses ataques, a produção de petróleo na Colômbia começou a cair após atingir o recorde de 962 mil barris por dia em novembro de 2011. Em maio, a produção foi de 934 mil barris diários. As informações são da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.