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Cai número de desaparecidos na ponte

Autoridades registraram como desaparecidos vários dos feridos hospitalizados; 8 pessoas ainda não foram encontradas

Por Ap e Reuters
Atualização:

O número de pessoas desaparecidas no acidente da ponte que caiu sobre o Rio Mississippi em Minneapolis na tarde de quarta-feira baixou de 30 para 8, depois que famílias de várias das vítimas conseguiram localizar seus parentes em hospitais e outros locais. As autoridades afirmaram que o número oficial de mortos subiu ontem para cinco. De acordo com o Departamento de Bombeiros de Minneapolis, cerca de cem pessoas ficaram feridas no acidente, das quais apenas cinco se encontram em estado grave. "Nós ficamos surpresos de não termos encontrado mais gente com ferimentos graves", afirmou o chefe do departamento, Jim Clack. O xerife do Condado de Hennepin, Rich Stanek, afirmou que o trabalho de busca dos desaparecidos está sendo lento por causa da cena do acidente. "O local está uma bagunça", disse. "Nós não sabemos quantos carros estavam na ponte na hora do colapso e não temos idéia de quantas pessoas se encontravam no local." Stanek disse que as condições que os mergulhadores estão enfrentando também são complicadas. "O local está perigoso. Precisamos ser metódicos e cuidadosos nos trabalhos de busca." O Corpo de Bombeiros afirmou ontem que os pedaços de concreto que caíram no rio criaram correntezas e redemoinhos perigosos que também podem atrasar a localização de mais vítimas. A primeira-dama dos Estados Unidos, Laura Bush, visitou ontem o local do acidente e elogiou as pessoas envolvidas na operação de resgate. "Fiquei sabendo de muitas histórias inspiradoras de coragem", afirmou. O presidente George W. Bush deve ir a Minneapolis hoje. O diretor da Agência de Segurança Nacional dos Transportes, Mark Rosenker, disse que ainda é cedo para determinar o que causou a queda da ponte. Segundo ele, as investigações podem demorar mais de um ano. O governador do Estado de Minessota, Tim Pawlenty, ordenou uma inspeção imediata de todas as pontes, mas ressaltou que nunca recebeu uma notificação de que a estrutura que caiu precisava ser fechada ou necessitava de reparo imediato. Pawlenty afirmou que uma empresa foi contratada para revisar todos os processos de inspeção do Estado. A Associação Americana de Engenheiros Civis estima que mais de 70 mil pontes nos EUA se encontram em situações semelhantes à ponte que desabou em Minneapolis e acredita que reformar todas elas teria um custo de mais de US$ 180 bilhões.

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