Cai número de jornalistas assassinados no mundo

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Por Agencia Estado
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Vinte e cinco jornalistas foram assassinados em todo o mundo em 2002, afirmou a organização Repórteres Sem Fronteiras (RWB - Reporters Without Borders). Este é um dos menores índices já registrados desde 1985. Outros 692 jornalistas foram seqüestrados, pelo menos 1.420 sofreram maus tratos e 389 veículos de imprensa sofreram censura. O estudo da RWB destacou a morte do jornalista brasileiro Tim Lopes, assassinado por traficantes do Rio de Janeiro, no primeiro semestre do ano passado. Lopes foi morto com um golpe de espada do tipo samurai, desferido pelo líder do tráfico do Complexo do Alemão, Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, depois de ser torturado por traficantes da favela Vila Cruzeiro. No estudo da RWB, a América Latina foi considerado um dos continentes mais perigosos, com nove jornalistas mortos por crimes bárbaros, como o de Tim Lopes. O país mais perigoso, segundo a organização, foi a Rússia, com quatro mortes. Em alguns países, a situação piora a cada ano, como Bangladesh, Nepal, Haiti e Zimbábue. Apesar dos números alarmantes, o cenário é melhor do que 2001 quando foram mortos 31 profissionais em exercício. Segundo a RWB, a queda é atribuída, principalmente, a uma menor quantidade de conflitos bélicos ocorridos no planeta no ano passado. Só na guerra do Afeganistão, foram mortos oito repórteres.

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