Cai popularidade do primeiro-ministro do Japão por causa de base dos EUA

Yukio Hatoyama está sendo pressionado para transferir base aérea da populosa ilha de Okinawa

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Atualização:

Habitantes de Okinawa protestam contra permanência de base dos EUA na ilha

 

Efe

 

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TÓQUIO- A maioria dos japoneses acredita que o primeiro-ministro, Yukio Hatoyama, deve se demitir se não conseguir resolver a transferência de uma base dos Estados Unidos em Okinawa, segundo informou neste domingo, 25, o jornal Nikkei, pouco depois de uma manifestação da gestão do governo a respeito do tema.

 

O índice de aprovação da gestão de Hatoyama caiu para 24%, enquanto 57% dos entrevistados opinou que o premiê deve se demitir se não encontrar uma solução para a prevista transferência de uma base aérea americana em Okinawa no fim de maio.

 

A pesquisa coincide com o protesto contra a mudança da base aérea de Furnma a outras zonas da ilha de Okinawa, que reuniu 90.000 pessoas neste domingo na localidade de Yomitan, para pedir que essas instalações saiam da ilha, como prometeu Hatoyama em sua campanha eleitoral.

 

O governador da província de Okinawa, Hirokazu Nakaima, pediu a Hatoyama que se atenha a seu programa eleitoral no qual prometia tirar a base aérea de Okinawa, para construir no local uma ilha artificial, segundo o diário.

 

O governo não descartou transferir a base de Futenma, situada em uma região muito populosa, a outro lugar da província de Okinaea onde a presença da instalação prejudique menos os habitantes.

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Washington, por sua vez, quer que Tóquio se atenha ao acordo firmado em 2006, no qual se comprometeu a transferir a base dentro da ilha de Okinawa até 2014.

 

Na manifestação de domingo, representantes de todas as localidades do arquipélago de Okinawa se opuseram a uma possível transferência dentro da província, na qual residem 1,4 milhão de pessoas.

 

Hatoyama, que tomou posse como primeiro-ministro em setembro passado com a promessa de mudar a política nipônica após mais de meio século de domínio conservador, pediu tempo para discutir o assunto com os Estados Unidos.

 

Os EUA mantêm no Japão cerca de 50.000 militares, a maioria deles na ilha de Okinawa.

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