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Calçado não deve ser sobretaxado pelo Canadá

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Nestor de Paula, acredita que o calçado brasileiro não fará parte da lista de produtos que podem sofrer sobretaxação para entrar no Canadá. De Paula afirmou que obteve essa indicação de fontes extra-oficiais. Ele afirmou que não há qualquer registro de empresa brasileira que tenha sido prejudicada em razão da possibilidade de sanção. O Canadá recebeu autorização da OMC (Organização Mundial do Comércio) para retaliar o Brasil em US$ 1,4 bilhão por conta do contencioso Embraer/Bombardier, mas a lista de produtos a serem sobretaxados ainda não foi publicada. Na avaliação do vice-presidente da Abicalçados, Ricardo Wirth, o setor tem duas semanas de prazo até que os impactos sejam sentidos. Segundo ele, a temporada de negociações para o outono/inverno canadense vai de meados de fevereiro ao início de março, culminando com a Feira de Las Vegas, nos Estados Unidos, de 26 a 28 de fevereiro. "A ameaça de retaliação pode comprometer a comercialização nesse período, pois tanto os brasileiros quanto os importadores canadenses estão indecisos", afirmou o empresário. O principal temor da Abicalçados está ligado ao futuro da produção do setor, uma vez que a sobretaxa de 100% mais o imposto de 8% a 15% que o sapato brasileiro já paga para entrar no Canadá vão dificultar as exportações. Em 2000, o Canadá foi o quarto principal mercado para o sapato brasileiro no exterior, exportações que totalizaram US$ 33,5 milhões.

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