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Calderón defende a legalidade das eleições do México

Apesar dos protestos da esquerda, liderada pelo candidato López Obrador, Calderón defende a institucionalidade da lei e diz que não há provas contra o pleito

Por Agencia Estado
Atualização:

O partido do conservador Felipe Calderón defendeu nesta quarta-feira, um mês depois das eleições presidenciais mexicanas, a lei de institucionalidade para determinar o futuro do país, e criticou a esquerda por "prejudicar a democracia" através da resistência civil. Josefina Vázquez Mota, da coordenação da campanha de Calderón, disse que o Partido Ação Nacional (PAN) está concentrado numa "campanha pelo respeito ao voto" para manter a democracia mexicana na atual conjuntura política. Para a ex-ministra do desenvolvimento Social, as provas que foram apresentadas até agora pelo candidato esquerdista Andrés Manuel López Obrador "não tem a fortaleza nem sustentação para conseguir anular a eleição". Calderón obteve 24.934 votos a mais (0,58 pontos) que López Obrador. Resistência civil A "resistência civil" da esquerda mexicana, liderada por Obrador, bloqueia desde domingo uma das principais avenidas da Cidade do México. O protesto já tem oito quilômetros de extensão, do Paseo de la Reforma até o Centro Histórico da cidade. Cerca de 47 acampamentos foram montados por simpatizantes do líder do Partido da Revolução Democrática (PRD), somando quase mil pessoas. Os manifestantes exigem uma nova recontagem "voto a voto" das eleições de 2 de julho, que consideram uma fraude eleitoral. A instalação dos acampamentos fechou o trânsito de uma das mais importantes zonas turísticas e de negócios da capital, onde estão os edifícios públicos, corporações estrangeiras e hotéis. Rotina nos acampamentos Muitos manifestantes se revezam no acampamento em intervalos de seis horas, segundo Jesús López, que passa o tempo jogando xadrez e afirma que em algumas zonas há atividades culturais. Alma Munroe se orgulha da cozinha de um dos acampamentos, onde são servidos gratuitamente comida aos ativistas três vezes por dia. No cardápio, ovo, feijão, torresmo, café, pão doce, arroz, sardinha, atum e água. Junto ao monumento à Diana Cazadora, Nelson e Vicky, dois turistas salvadorenhos, criticam o bloqueio e definem a postura dos manifestantes como "contraditória".

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