LOS ANGELES, EUA - O sistema penitenciário da Califórnia planeja libertar cerca de 3,5 mil prisioneiros não-violentos para impedir a disseminação da covid-19, informaram autoridades na terça-feira, 31.
O Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia (CDCR) disse que o primeiro grupo de presos libertados será aquele com menos de 30 dias para cumprir, seguido pelos detentos com menos de 60 dias. "Não tomamos essas novas medidas de qualquer maneira", afirmou Ralph Diaz, secretário da agência correcional, em comunicado.
"Nosso primeiro compromisso no CDCR é garantir a segurança de nossa equipe, da população carcerária, de outras pessoas em nossas instituições e da comunidade em geral. No entanto, diante de uma pandemia global, devemos considerar o risco de infecção pela covid-19 como uma séria ameaça à segurança", falou.
As autoridades disseram que as libertações antecipadas aumentarão a capacidade e o espaço físico das prisões do estado, onde 22 funcionários e quatro detentos testaram positivo para o novo coronavírus.
As prisões também instituíram outras medidas para impedir a disseminação da doença, como exames médicos obrigatórios para quem entra nas instituições e suspensão das visitas. Aos presos, estão sendo oferecidos telefonemas gratuitos adicionais para os familiares para compensar esta última medida.
As libertações também receberam críticas, como de um promotor que disse que colocaria criminosos perigosos de volta nas ruas. O xerife do condado de Los Angeles, Alex Villanueva, já libertou cerca de 1,7 mil presos de prisões locais, deixando cerca de 15 mil ainda atrás das grades.
As prisões dos Estados Unidos, projetadas para abrigar pessoas que cumprem sentenças de mais de um ano, também mantêm detidas outras que aguardam julgamento ou cumprem sentenças curtas por pequenos delitos. / AFP