Câmara aprova orçamento sem verba para guerras

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Por Reuters
Atualização:

A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou na madrugada de ontem uma proposta de orçamento de US$ 459,6 bilhões para a defesa do país. No entanto, num revés para o presidente George W. Bush os deputados não incluíram os gastos com as operações militares no Iraque e Afeganistão, que devem ser alvo de acirradas discussões em setembro, após o fim do recesso parlamentar iniciado ontem. O orçamento aprovado passou por 395 votos a 13 e é relativo ao ano fiscal de 2008, que se inicia em 1º de outubro. Controlado por democratas, o Congresso reduziu em US$ 3 bilhões a proposta apresentada pelo governo. Quanto aos fundos para as guerras do Iraque e Afeganistão, a oposição democrata declarou que esse montante deve ser considerado em uma legislação separada. Uma das últimas medidas aprovadas antes que a Câmara se juntasse ao Senado no recesso, o orçamento destina fundos de US$ 23milhões para melhorar os serviços de saúde para os membros das forças armadas e US$ 6 milhões para um aumento de 12 mil homens nos efetivos do Exército e do Corpo de Fuzileiros Navais, além de determinar um aumento de 3,5% nos soldos e financiar programas de armamentos. ESCUTAS TELEFÔNICAS A medida mais polêmica aprovada na última sessão da Câmara antes do recesso, no entanto, foi a do projeto de lei do governo que prolonga por seis meses um programa de espionagem que permite o monitoramento e interceptação, sem autorização judicial, de telefonemas e e-mails de pessoas do exterior para os EUA, e vice-versa. A maioria democrata tentou incluir no projeto uma cláusula que obrigaria os serviços de inteligência a apresentar à Justiça garantias de que americanos no exterior não seriam alvo das interceptações. A cláusula, no entanto, foi excluída pelos deputados após a ameaça de veto feita por Bush.

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