Camboja deporta 20 uigures para a China

Os uigures saíram de Phnom Penh em um avião chinês e segundo o Ministério de Exteriores cambojano, foram expulsos por entrada ilegal no país sob as leis de imigração, e não por pressões

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Atualização:

O Camboja deportou no sábado a noite para a China 20 dos 22 uigures que esperavam que o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) verificasse seus dados para dar-lhes o status de refugiado político, informou hoje o Governo.

 

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Os uigures saíram de Phnom Penh em um avião chinês e segundo o Ministério de Exteriores cambojano, foram expulsos por entrada ilegal no país sob as leis de imigração, e não por pressões de Pequim.

 

A agência da ONU afirma que o Camboja viola assim a Convenção da ONU sobre os Refugiados de 1951 porque ainda não tinha sido determinado o status dos uigures, que foram detidos pela Polícia por causa dos protestos de grupos como a Anistia Internacional ou o Human Rights Watch.

 

A deportação aconteceu na véspera da visita ao Camboja do vice-presidente chinês, Xi Jinping, enquanto se desconhece a sorte de dois civis que aparentemente fugiram do primeiro grupo de 22.

 

O primeiro-ministro cambojano, Hun Sen, ignorou os pedidos das organizações de direitos humanos para que não expulsasse os civis, aos quais Pequim tacha de "criminosos".

 

A Anistia Internacional assegura que, quando chegarem à China, os 20 civis serão torturados, já que fugiram após os distúrbios de junho na cidade de Urumqi, que deixaram quase 200 mortos e mais de 1.600 feridos.

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