Cameron afirma que pensões e serviços de saúde poderão sofrer cortes com saída da UE

Premiê britânico disse que, ao sair da União Europeia, será necessário ‘começar a cortar coisas que as pessoas valorizam’

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Por Redação
Atualização:

LONDRES - As pensões e o Serviço Nacional de Saúde, financiado pelo governo, podem sofrer cortes se os britânicos votarem para sair da União Europeia (UE), disse o primeiro-ministro David Cameron a um jornal, em uma tentativa de conquistar o apoio de alguns dos eleitores atualmente favoráveis à saída da Grã-Bretanha do bloco.

Com menos de duas semanas até a votação, Cameron avisou que o aumento anual de pensões, licenças grátis de televisão e passes de ônibus poderiam receber cortes em razão do "buraco negro" nas finanças públicas, segundo o jornal Observer.

Ao lado de outros líderes partidários, o premiê britânico, David Cameron, telefona para eleitores para tentar convencê-los a votar a favor da continuidade na União Europeia Foto: AFP PHOTO / POOL / Stefan Rousseau

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"Teríamos que começar a cortar coisas que as pessoas valorizam, seja o dinheiro indo para o Serviço Nacional de Saúde, seja o apoio ao sistema de pensões", disse Cameron.

A campanha para deixar a União Europeia não comentou a respeito, mas consistentemente tem dito que a Grã-Bretanha poderia usar suas contribuições à União Europeia para aumentar o financiamento ao serviço de saúde.

Pesquisas. O apoio britânico para permanecer na União Europeia está em 44% contra 42% dos eleitores que são a favor de deixar o bloco de 28 membros, de acordo com uma pesquisa de opinião que será publicada no Observer no domingo.

Britânicos votarão em 23 de junho se querem continuar no bloco, uma decisão que trará consequências para a política, economia, segurança e diplomacia da Grã-Bretanha e de outros países.

A pesquisa, que mostra 13% da população ainda indecisa, contrasta com o levantamento da ORB para o jornal Independent, publicado no final de sexta-feira, em que os que apoiam a saída são 55%, contra 45% a favor da permanência. /Reuters

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