21 de março de 2011 | 13h10
LONDRES - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, defendeu a tomada de medidas "necessárias, corretas e legais" para deter o ditador da Líbia, Muamar Kadafi, de continuar os ataques contra os rebeldes que tentam derrubá-lo.
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Falando ao Parlamento britânico, Cameron afirmou que as forças da coalizão internacional que atua no país africano sob tutela da Organização das Nações Unidas (ONU) neutralizaram as defesas aéreas do ditador, que está há 41 anos no poder, e "ajudaram a evitar um massacre em Begnhazi", o principal reduto dos rebeldes. Países como o Reino Unido, os EUA e a França tem atacado as tropas do coronel líbio com bombardeios desde sábado.
O premiê britânico ainca acusou Kadafi de mentir para a comunidade internacional sobre o cessar-fogo decretado momentos após o Conselho de Segurança da ONU autorizar a intervenção na Líbia. Segundo Cameron, o líbio está violando as demandas da resolução, que pede o fim dos ataques e a retirada das forças do governo de várias cidades. "Kadafi respondeu à decisão da ONU declarando o cessar-fogo, mas ele quebrou sua promessa imediatamente", disse.
Uma coalizão formada por EUA, França, Reino Unido, Itália, Canadá, Qatar, Noruega, Bélgica, Dinamarca e Espanha deu início no sábado, 19, a uma intervenção militar na Líbia, sob mandado da resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A medida prevê a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a tomada de 'quaisquer medidas necessárias' para impedir o massacre de civis pelas tropas de Kadafi.
Com Associated Press
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