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Cameron se sai melhor em último debate eleitoral no Reino Unido

A uma semana da eleição britânica, pesquisas indicam conservador vitorioso sobre rivais

Por Andrei Netto e correspondente Paris
Atualização:

Cameron (E), Clegg e Brown durante debate na BBC: discussão sobre economia

 

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LONDRES - Se o último debate da campanha eleitoral britânica, realizado na noite de ontem, na Universidade de Birmingham, for tão decisivo para a disputa como todos acreditavam no Reino Unido, o líder do Partido Conservador, David Cameron, está em vantagem para a votação do dia 6.Segundo pesquisas de opinião, o candidato foi o "vencedor" para os espectadores, superando com larga vantagem - 37% contra 25,6% - seu maior adversário, o atual premiê Gordon Brown.Os três candidatos ao cargo de premiê protagonizaram uma discussão dinâmica, por vezes apaixonada e ideológica, sobre a economia e a crise que abala as finanças do país. Em temas como cortes orçamentários, regulação do sistema financeiro e política fiscal, Brown, Cameron e o liberal democrata Nick Clegg apresentaram propostas repletas de cifras e muitas vezes antagônicas.

 

Segundo o instituto de pesquisas YouGov, Cameron foi o mais bem-sucedido para 41% dos expectadores. Clegg foi o preferido de 32%, enquanto Brown acabou com 25%. Já o "medidor de reações" do jornal The Guardian, que verificava em tempo real a aprovação dos expectadores, indicou 226 mil manifestações de apoio a Clegg, 128 mil para o trabalhista e 80 mil para o conservador. O terceiro e último debate, veiculado pela BBC, era apontado por especialistas e pela opinião pública como o ápice da campanha, sete dias antes da eleição. A razão para tanta expectativa estava no seu tema: a economia. O duelo esperado era entre Brown e Cameron, cujos partidos têm propostas antagônicas sobre como reduzirão o déficit público. "Nossa economia está encalhada e é preciso mudar para devolvê-la ao crescimento", afirmou Cameron. O conservador ainda reafirmou sua aversão à maior integração com a União Europeia.Até a tarde de ontem, pesquisas indicavam a divisão do Parlamento em três forças, com maior bancada do Partido Trabalhista.

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