Texto atualizado às 14h36
CHAMAN, PAQUISTÃO - Pela primeira vez em sete meses, caminhões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), transportando suprimentos para tropas americanas, cruzaram a fronteira do Paquistão com o Afeganistão.
O governo paquistanês decidiu nessa semana reabrir a rota de suprimentos da Otan na fronteira, após ter proibido a passagem em retaliação a um ataque aéreo dos Estados Unidos, que matou 24 soldados paquistaneses.
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A medida é um raro ponto positivo nas relações diplomáticas entre o Paquistão e os EUA. Discordâncias sobre temas, como o uso aviões não-tripulados e o suposto apoio de Islamabad a militantes do Taleban, têm prejudicado um relacionamento vital para a estabilização do Afeganistão.
Durante o período em que as linhas de suprimento estiveram obstruídas, os EUA foram obrigados a utilizar rotas mais longas e caras, pela da Rússia e Ásia Central. Após meses de negociação, o Paquistão reabriu sua fronteira depois que a Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu desculpas formalmente pelas mortes dos soldados paquistaneses.
Um oficial com posto na fronteira, Fazal Bari, disse que o primeiro caminhão atravessou por volta do meio-dia do horário local. Com a passagem permitida, os EUA devem economizar centenas de milhões de dólares, enquanto o Paquistão também deve ganhar financeiramente, pois vai voltar a receber a ajuda militar americana que estava congelada.
As informações são da Associated Press.