Caminhoneiros bolivianos bloqueiam fronteiras em protesto

Câmara Boliviana de Transporte Nacional e Internacional pede regras claras e modificações da lei tributária aplicada aos transportadores; mulher morre após discutir com motoristas

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LA PAZ - A Câmara Boliviana de Transporte Nacional e Internacional afirmou que seus filiados bloquearam no domingo quatro pontos nas fronteiras com Brasil, Peru, Chile e Argentina para protestar pela política tributária do governo do presidente Evo Morales.

O líder da organização, Fidel Baptista, disse à rádio "Erbol" que foram fechadas as passagens de Puerto Suárez, com o Brasil, Desaguadero, com o Peru, Tambo Quemado, com o Chile, e a ponte em Yacuiba, na fronteira com a Argentina. Segundo ele, nesta segunda-feira, 1, serão bloqueados os acessos a postos alfandegários em La Paz, Cochabamba e Santa Cruz, as cidades mais importante do país.

Bolivianos caminham nas margens de rodovia interditada por caminhoneiros Foto: Reprodução / APG

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As autoridades bolivianas ainda não se pronunciaram sobre o protesto dos caminhoneiros

Há alguns dias, eles anteciparam as medidas de pressão para exigir mudanças no Código Tributário ao considerar altos os encargos sobre os seus lucros, sem que tenham a permissão para reduzir esses números como os outros setores.

"Os impostos aos lucros são muito caros e não temos dinheiro suficiente para pagar. Não é que não queremos pagar. Queremos regras claras e modificações da lei tributária, mas eles não entendem", disse Baptista à "Erbol".

Outros meios de comunicação informaram que bloqueios no departamento de Chuquisaca, por onde passam várias rotas internas de acesso à cidade de Sucre, também começaram a ser organizados. 

No incidente mais grave registrado em função dos protestos, uma mulher morreu "por causa de uma discussão com 'bloqueadores' que lhe causou um aneurisma no cérebro", informou Gilka Guerrro, diretora do hospital Santa Bárbara, citada pela agência oficial ABI. / EFE e AFP

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