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'Camisas Vermelhas' tailandeses votam pela continuação dos protestos

Instabilidade política faz a bolsa de valores da Tailândia recuar

Atualização:

BANGCOC - Manifestantes contrários ao governo votaram nesta quinta-feira, 8, pela continuação dos protestos em massa nas ruas da capital da Tailândia, desafiando o decreto imposto ontem que pretendia acabar com as demonstrações que pedem novas eleições.

 

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Um dia após o primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva impor estado de emergência, autoridades bloquearam sites e fecharam uma influente rede de televisão oposicionista, desencadeando uma briga entre a polícia e os 'camisas vermelhas'.

 

O mercado de ações da Tailândia assistiu a sua maior queda em seis meses. Abhisit cancelou uma viagem de um dia ao Vietnã para uma cúpula sul-asiática. Dez mil manifestantes ignoraram as ordens para acabar com o cerco de seis dias à principal área comercial de Bangcoc.

 

"Iremos rasgar todas as leis", disse Nattawut Saikua, um dos líderes dos camisas vermelhas, incentivando os manifestantes após chamar todos para uma marcha na sexta-feira em dez diferentes pontos de Bangcoc.

 

"Nós não queremos que este seja o último dia, mas se conseguirmos um nocaute, será melhor", disse. "Isto tudo é para Abhisit dissolver o parlamento."

 

Cerca de 1.000 manifestantes que apoiam o primeiro-ministro deposto, Thaksin Shinawatra, tentaram passar pela polícia que guardava a estação de tranmissão via satélite Thaicom, antes de recuar pela noite.

 

A companhia, que já foi propriedade de Thaksin, transmitia programas de apoio aos camisas vermelhas antes das autoridades a tirarem do ar nesta quinta-feira.

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Ao mesmo tempo que as autoridades emitiram pedidos de prisão para 10 líderes camisas vermelhas, o risco de novos protestos levou o índice da bolsa da Tailândia a cair 3,5 pontos percentuais, chegando no seu ponto mais baixo desde 15 de Outubro.

 

"Temos que admitir que o fator político afetou os consumidores e os negócios", disse o chefe do Banco da Tailândia, Suchart Sakkankosone, a repórteres.

 

A economia tailandesa, a segunda maior do Sudeste Asiático, pode perder entre 0,2-1,5 pontos percentuais em seu crescimento econômico, dependendo da severidade da instabilidades, de acordo com o Grupo de Estudos Kasikorn.

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