Campanha para referendo na Turquia não foi equitativa, dizem observadores

Para missão da OSCE, modificações tardias no procedimento da votação suprimiram importantes garantias

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ANCARA - A campanha para o referendo constitucional da Turquia, que fortalece os poderes do presidente Recep Tayyip Erdogan, não foi equitativa, indicou nesta segunda-feira uma missão conjunta de observadores da Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e Conselho da Europa.

"Os campos do 'sim' e do 'não' não tiveram as mesmas oportunidades", declarou Cezar Florin Preda, integrante da missão de observação.

A maioria das 18 reformas aprovadas só entrará em vigor em 2019, conforme anteciparam Erdogan e o primeiro-ministro, Binali Yildirim Foto: Kayhan Ozer/AP

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"Modificações tardias no procedimento da votação suprimiram importantes garantias", acrescentou.

Ela se referia à decisão do Alto Conselho Eleitoral (YSK) de validar os votos que não estavam marcados com um selo oficial.

Recurso. Mais cedo, o vice-presidente do principal partido de oposição da Turquia pediu a anulação do referendo que altera o sistema de governo do país concede amplos poderes ao presidenteErdogan e disse que vai levar a questão à Corte Europeia de Direitos Humanos, se necessário.

Bulent Tezcan, vice-presidente do Partido Republicano do Povo (CHP, na sigla em turco), disse que a legenda recebeu reclamações de diversas regiões nas quais pessoas afirmaram que não conseguiram votar com privacidade, e disse que algumas urnas foram apuradas em segredo. /AFP

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