Canadá diz que maconha será legalizada em outubro

A lei, aprovada na terça-feira pelo Senado, entra em vigor após receber o consentimento real

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

MONTREAL - O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, estabeleceu ontem uma data para que a nova lei que liberou o uso recreativo da maconha entre em vigor: 17 de outubro. O premiê fez o anúncio horas depois de o Parlamento aprovar o fim da proibição. O argumento de Trudeau é “proteger” os jovens e acabar com uma das fontes de financiamento do crime organizado.

Vários países começam a liberar o cultivo da planta da maconha para uso medicinal Foto: REUTERS/Rick Wilking

PUBLICIDADE

Na terça-feira, o Senado do Canadá aprovou a legalização do uso recreativo da maconha, abrindo caminho para o país se tornar o primeiro do G-7 a encerrar a proibição que vigorava desde 1923. O uso medicinal foi liberado em 2011. Segundo o processo legislativo canadense, a lei entra em vigor após receber o consentimento real, uma ação meramente cerimonial, firmado pela governadora-geral, Julie Payette.

A legalização era uma promessa eleitoral do premiê canadense e foi aprovada depois de sete meses de intenso debate parlamentar. “Tem sido muito fácil para nossos filhos consumirem maconha e para os criminosos obterem benefícios. Hoje, mudamos isso”, disse Trudeau.

+ Para Trudeau, legalizar maconha no Canadá terá efeito bola de neve na região

A nova lei estabelece a idade mínima de 18 anos para a compra e permite a posse de 30 gramas de maconha. Assim como o cigarro, a produto terá regras restritas de publicidade e terá de ser comercializado em embalagens simples, de uma única cor, sem qualquer tipo de imagem ou grafismo.

Segundo dados oficiais, os canadenses gastaram US$ 4,3 bilhões na compra de maconha em 2017, o que transforma a cannabis em uma indústria maior que a do tabaco e tão rentável quanto a da cerveja. Dados preliminares mostram que o governo deve arrecadar US$ 300 milhões em impostos após a legalização. / AP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.